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Pobres em espírito

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Peregrinando entre o povo sofrido da Terra por apenas três anos, Jesus, feito um arado, sulcou o solo semeando favas de amor, justiça e perdão. Seus ensinos exemplificados com tanto valor moral tornaram-se e ainda o são divisores de águas, pelos quais a humanidade divide sua História em antes e depois do Cristo. E, por outro lado, as ideologias materialistas, frutos dos intelectos falíveis e vaidosos, sucumbiram vitimadas pelas próprias imperfeições de seus criadores.

Somente a frondosa árvore do Cristianismo continua firme, alimentando e protegendo com sua sombra todos aqueles que dela se aproximam. Para tanto é necessário, como tudo na vida, que tenhamos vontade de aprender, principalmente, sobre as boas emoções que trazemos em nosso íntimo, mas que se encontram ofuscadas pelas ilusões passageiras. Ensina-nos Paulo, o apóstolo, que é necessário fazer surgir o homem novo, deixando o homem velho para trás. O homem novo é aquele que se esforça no aprimoramento, aprendendo os ensinos do Cristo e buscando reproduzir seus exemplos de auxílio ao próximo.

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Mas como fazer tanto, sabendo tão pouco? Tudo já foi dito e é encontrado nas Bem-Aventuranças. “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.”

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O homem velho, o orgulhoso materialista, entende “o pobre em espírito” como aquele maltrapilho abandonado, e Jesus ensina que a pobreza material é condição social originária da própria crueza humana, resulta de nossas ações no passado e se faz presente entre nós através da Lei de Causa e Efeito, pela qual corrigimos hoje o ontem faltoso para um amanhã virtuoso.

Ao salientar os pobres em espírito, Jesus exalta aqueles de corações simples, desprovidos ou libertos do orgulho e vaidade e, por eles estarem livres, tornam-se capazes de perceber, descobrir e absorver as bênçãos da existência humana nos mais variados instantes da vida, valorizando a filiação divina em cada irmão que cruza o caminho. Fato de certa maneira impossível para aquele que ainda tem os olhos, os ouvidos e o coração obstruídos pelo manto do orgulho, da soberba e da superioridade social, sentimentos que os impedem de vislumbrar a própria pequenez diante da Divina Grandeza.

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Nas Bem-Aventuranças, aprendemos a nos libertar dos nossos próprios erros e a perdoar as falhas alheias, a desvencilhar da corrente de nossas faltas, compreendendo que o amor cobre a multidão de nossos pecados e, então, seremos capazes de aprender e viver como quem entende, quando o Cristo afirma: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém chegará ao Pai, senão por mim”.

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