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O papel da Infraero no Serrinha

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A ampla entrevista e reportagem da Tribuna de Minas feita com Gustavo Schild, o novo gerente da Infraero do Aeroporto Francisco Álvares de Assis, o Serrinha, além de informar o que essa empresa federal fará em Juiz de Fora, também esclareceu muitas dúvidas, fake news e falsas esperanças que existiam. Não prometeu voos ao aeroporto, porque a Infraero não é dona de empresas comerciais que fazem o serviço como a Azul, a GOL e a TAM, mas prometeu entregar no futuro um espaço capaz de poder oferecer o serviço de passageiros. O que informou é que esse aeroporto pertence à categoria 3C, que permite, no máximo, operações com aparelhos de até 70 lugares por motivos de segurança.

Serrinha está em uma das áreas mais altas da cidade, em meio a uma região montanhosa, o que provoca, mesmo com aparelhos, cancelamentos de operações, o que não agrada em nada as empresas aéreas. O mínimo que se espera da nova administradora é que ela faça com recursos próprios ou de parceiros, como a Prefeitura, inversões que tornem esse lugar o mesmo que ela administra em Montes Claros: estações de embarque e desembarque com sistema de ar-condicionado e instalações dignas de receber passageiros etc. É necessário que se ofereça conforto a quem quer embarcar ou desembarcar, lanchonetes, banheiros e outras instalações indispensáveis a um aeroporto. Montes Claros, por exemplo, opera quatro voos diários para Belo Horizonte, e as empresas GOL e TAM, diariamente, oferecem voos para o Aeroporto Internacional de Guarulhos e outros locais.

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A Azul, que adquiriu as licenças que a antiga Trip possuía para pousar e decolar no Aeroporto de Congonhas em São Paulo, apenas serviu para a empresa se utilizar das licenças existentes para inaugurar novas linhas para Belo Horizonte, Brasília, Salvador e outras. Em Minas Gerais, manteve os voos de Uberlândia, Uberaba, Montes Claros e o Seroporto Regional em Goianá. Logo que adquiriu as concessões, cancelou as operações possíveis no Serrinha e inaugurou voos entre o Aeroporto Itamar Franco e a cidade de Campinas, no Estado de São Paulo, se utilizando de aparelhos como o ATR72-600 para 70 passageiros. Se foi um golpe de profissional de boxe em Juiz de Fora, é um problema a ser examinado.

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Juiz de Fora deve esperar da Infraero que ela entregue um aeródromo pronto, mas o trabalho de realizar voos entre este município e outros vai ser um caso a ser futuramente resolvido. O que ficou claro nessa entrevista com o novo administrador é que, por motivos de segurança, a utilização do local com aparelhos como o Boeing 737 ou o Air Bus A 319 não será permitida. O Serrinha é da categoria 3C, que permite o uso de aeronaves só de porte médio. Mesmo assim, vão ser necessários estudos de viabilidade técnica para que os voos aconteçam. É o que diz a Anac. Esse querido e antigo aeroporto de Juiz de Fora possui enorme papel social, transportando aeromédicos, transferência de pacientes para outras cidades, transplante de órgãos e até operações de ordem política.

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