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Morte digna, o que você quer?

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O morrer sempre foi e está cercado de preconceitos. Morrer é um significado de vida prévia. Apenas morre quem esteve vivo. Fato! Talvez muito mais importante do que a morte em si (um evento) é o morrer. Como esse ser humano viveu suas últimas semanas de vida? O que sentiu, se questionou, se amedrontou. Tudo isso foi abordado por seu médico ou uma equipe de saúde?

A linha da vida é uma linha mesmo. Nunca realmente linear, porque vivemos em altos e baixos. Estabilizações e exacerbações de condições crônicas. Viver é uma luta constante pelo bem-estar. Pela saúde? O que é saúde? O que é viver bem?

E o que ninguém quer se questionar: o que é morrer bem? Morte digna. Algo que cada vez mais vem sendo questionado. Algo diferente para o paciente, o profissional de saúde que o assiste e para o cuidador que cuida dele. Algo tão seu que não há como dizer o que é certo ou errado.

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Exemplos de um morrer bem: não ter dor, ter seus desejos respeitados, poder deixar um legado, ter suas crenças respeitadas, estar ao lado de suas pessoas amadas, não ter pendências a ser deixadas. A vida, um bem primordial, deve ser protegida sempre. Desde que sua dignidade seja mantida!

Estar vivo sem viver é algo problemático. Hoje, temos tecnologia no campo da saúde que permite um estar vivo sem estar. Morrer é algo que o ser humano ainda é incapaz de evitar. E, se a situação é essa, por que não falar sobre o morrer? Vida começa se morrendo. Vida e morte são algo indiscutivelmente inseparáveis. Viva sempre! Mas aprenda a morrer, entender o morrer.

O cuidado paliativo te ajuda a ressignificar esse momento tão “cruel”. Entender que o sofrimento é passível de amenização. Abortamento jamais! Porque o ser humano tem que ser humano. O que é uma morte digna para você? Questione, se posicione. Exerça sua autonomia. Escolha. Discuta. Viva e se permita morrer. Por um viver digno e um morrer e morte dignos sempre!

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