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Nem tudo é racismo

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Substituíram a famosa análise da canela pela apresentação visual? Resposta que, sinceramente, próximo de completar 40 anos, não mais me importa. Morgan Freeman, ator americano, afirma que temos que parar de discutir consciência negra e todas as demais e focar na discussão da consciência humana. E confesso: estou com ele!

Podemos, no auge da nossa sensibilidade, ir além da leitura labial e responder às perguntas tantas vezes feitas através de olhares questionadores e racistas: “O que esse negro está fazendo aqui?”. Resposta simples: sucesso. E, para mim, sucesso não significa ser o palestrante, o homenageado, o bem-sucedido financeiramente. Sucesso é viver as dificuldades do dia a dia, erguer a cabeça e ir à luta e ser o melhor que você pode ser: garçom, porteiro, motorista, professor, empresário ou presidente da República. Sucesso independe de raça, crença ou estado de espírito. É buscar ser o melhor que você pode ser.

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Texto de racismo falando de sucesso? Sim. A banana que o Daniel Alves comeu pelos negros sempre deixa uma casca em que não mais podemos escorregar. Ô, seu Dunga: “afrodescendente gosta de apanhar?”. Não. Nós, assim como toda a raça humana, gostamos de respeito e de sucesso. Ah, e falando em Seleção Brasileira, convoquem o Glaysson. Ele pegou muito na Série C.

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Quando entra racismo na roda de conversa, vem a famosa frase: “O maior racista é o negro”. Não vamos entrar no mérito. A única afirmação que vou fazer sobre negro nesse texto: “O negro é lindo, você não acha?” Opa, sem preconceito! Não chamei ninguém de feio. Só afirmei que o negro é lindo.

“Racismo, preconceito e intolerância.” Belo livro. Se puderem, excelente leitura. Recomendo. Passou da hora de analisarmos caso a caso. Muita coisa que chamam de racismo considero falta de educação, estresse e costume (ainda que sem justificativa). Problemas no trânsito: se for negro, o causador é “macaco”. Se for mulher… Mal de mulher não falo nem em exemplo. Se for taxista, “tinha que ser taxista”. Se não der para ver quem foi, é “baiano”(a famosa baianada). Aí eu pergunto: é racismo? Não, é gente chata. Como diz meu amigo Marcinho Itaboray, é gente chata, gente chata sem sucesso emocional.

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O racista verdadeiro só se mostra pelo olhar. Ele é maquiavélico. Sabe ser cruel e covarde porque espalha a famosa casca de banana sem ninguém perceber. Ele é um verdadeiro artista. Mais evoluído. Porque racismo hoje é crime, e racista profissional fica na sociedade, não vai para a cadeia. Do carinhoso “pretinho lindo” às ofensas daquele “negão”, é o tom que dita o ritmo. E ao som do parça Gabriel, o Pensador: “Racismo é burrice”.

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