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O Corpo de Cristo

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EQUIPE IGREJA EM MARCHA, GRUPO DE LEIGOS CATÓLICOS

Na última quinta-feira, nós católicos celebramos a Festa de Corpus Christi (corpo de Cristo). É uma festa em que bela tradição brasileira nos leva a ornamentar as ruas, fazendo tapetes coloridos em sal, serragem, pó de café e quaisquer outros materiais que se prestem a isso, tingidos ou em suas cores naturais. Enfeitam-se também as janelas, por onde vai passar a procissão, com belas toalhas e flores, homenageando com isso o Santíssimo Sacramento que é carregado em devota adoração.

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Dessa forma, reiteramos solenemente nossa fé em Jesus Eucarístico, alimentando nossa mística e aprofundando nosso compromisso com uma vida evangélica.

Tal celebração se iniciou no século XIII, na Paróquia de São Martinho, em Liége, na Bélgica. Foi uma menina, que posteriormente seria monja agostiniana, Juliana de Mont Cornillon que, levada por experiências místicas, pediu a seu confessor que instituísse a liturgia, pois ela intuía que havia uma lacuna de uma festa para agradecer a Deus pela graça da Eucaristia. Para isso, nosso Senhor Eucarístico deveria ser levado a andar pelas ruas, onde as pessoas estão, ao encontro de todos(as).

Para melhor celebrar essa festa hoje, precisamos nos lembrar que o Corpo de Cristo na eucaristia é o mesmo Corpo do qual Jesus é a cabeça, e nós, os membros. Celebrar implica aprofundar o senso de pertença a esse Corpo. É uma experiência viva e grata saber que cada um de nós cristãos é parte integrante de Jesus. O Deus que adoramos é simultaneamente pão que se reparte em toda a multidão dos que comemos desse pão. É a força de repartir o pão que faz de nós parte desse mesmo pão.

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A misericórdia, a vivência radical da caridade são condições indispensáveis para a nossa pertença ao Corpo de Cristo. Não é apenas um sentimento piedoso de querer enfeitar a nossa rua e a nossa casa para ver um Rei distante e misterioso passar: é importante saber que as enfeitamos para homenagear o Rei que passa, e aqueles que passam com o Rei reis que são. E estes, por sua vez, carregam em glória o Rei para homenagear os reis, que das janelas e calçadas se prostram em adoração.

Aumentar a eficácia salvífica dessa festa é repeti-la por todos os dias do ano, venerando com fervor cada pessoa humana. Ter consciência de que cada ser humano que se apresenta a nós, na família, na rua, no trabalho é parte integrante e única do Deus que adoramos. Principalmente se sofrem, se precisam de nós. No serviço fraterno a todos homenagearemos permanentemente Jesus.

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