Mais esta vez, estamos às vésperas de um ano eleitoral! Eleições deverão ocorrer nos mais de cinco mil municípios brasileiros! Como sabemos, as viciadas e cretinas regras eleitorais, que, há décadas, estão a denegrir a imagem da “nossa” debilitada e doentia democracia, vão continuar vigorando sem que o Congresso Nacional – majoritariamente cretino e venal – manifeste interesse em corrigir as distorções do caótico sistema eleitoral, que, durante sempre, tanto tem deturpado os valores éticos da vida pública brasileira em cujo antro tanto e, há várias décadas, vigoram o desrespeito e o descaso dos agentes políticos para com a nação brasileira no seu todo.
A Constituição Federal de 1988, que, por obra e graça do ilegítimo Governo do “presidente José Sarney”, foi elaborada, votada e promulgada pelo Congresso Nacional sem a menor participação da sociedade civil organizada, se constituiu – por si só – na maior e mais contundente fraude à vontade popular manifestada nas ruas do país no curso da memorável campanha das Diretas que nos envolveu – a todos – numa extraordinária manifestação de civismo jamais vista anteriormente!
Pois bem! Desde então, nenhuma voz altiva e ativa do Congresso Nacional ousou – sequer – propor a correção desta que foi a maior fraude praticada contra a Nação brasileira ao longo de toda a nossa história republicana. Como estamos a apenas um ano das eleições municipais, não deverá haver o menor indício de correção de rumo, já que, pelo que se observa, mais esta vez, o Congresso Nacional vai deixar tudo como está para ver como é que fica!
Resumo: os candidatos continuarão sendo escolhidos, a dedo, pelas cúpulas partidárias, que são, a rigor, os verdadeiros donos dos partidos políticos e que, como tem sido até aqui, vão continuar olhando para o próprio umbigo na busca – imprópria e, no mais das vezes, cretina – de preservação dos seus próprios mandatos. E, pior: tudo às custas do bolso de todos nós contribuintes através da lei votada e aprovada pelo Congresso Nacional que aí está instituindo o Fundo Partidário, que, sobre ser imoral, não é democrático, já que, como se sabe, privilegia alguns, de forma seletiva e não a todos, indistintamente, de forma democrática.
Estamos, pois, diante de mais uma fraude eleitoral cuja farra, desgraçadamente, deverá ser feita às custas do bolso de todos nós contribuintes. Alguém tem dúvida?
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