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Ozempic e obesidade, seu uso exige cautela

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A obesidade é um grave problema de saúde no Brasil, afetando 41 milhões de pessoas, cerca de 20% da população. O problema do excesso de peso também é alarmante entre crianças e adolescentes, afetando 14,2% das crianças com menos de 5 anos de idade e um em cada três adolescentes. A Organização Mundial de Saúde alerta que a obesidade é uma das principais preocupações globais de saúde, prevendo que em 2035, 400 milhões de crianças e adolescentes estarão acima do peso. Esta condição está associada a várias complicações, como diabetes tipo 2, hipertensão, câncer e doenças cardiovasculares, além de impactar a saúde mental devido ao bullying, causando baixa autoestima e depressão.

O tratamento precoce é essencial, incluindo dieta equilibrada, exercícios físicos e, em alguns casos, medicamentos como a semaglutida. A semaglutida foi originalmente projetada para tratar o diabetes tipo 2, mas demonstrou reduzir os desejos por comida e esvaziar o estômago mais lentamente, o que ampliou seu estudo para o tratamento da obesidade, sendo utilizada em doses maiores para esse fim.

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Em setembro de 2023, a Anvisa aprovou o uso do Wegovy para adolescentes com mais de 12 anos, enquanto o Ozempic, com o mesmo princípio ativo, já é usado “off label” contra a obesidade no Brasil.

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A eficácia da semaglutida, presente no Ozempic e no Wegovy, foi investigada no estudo Step Teens, que acompanhou 201 adolescentes tratados com o medicamento por 68 semanas. O grupo que recebeu o fármaco registrou uma redução de 16,1% no Índice de Massa Corporal (IMC) ao final do ensaio clínico.

Apesar dos resultados promissores, surgem preocupações sobre o uso indiscriminado desses medicamentos, visto que o objetivo é promover a saúde, não apenas a estética. Em março de 2024, a Food and Drug Administration (FDA) reconheceu o Wegovy como um medicamento que ajuda a prevenir eventos cardiovasculares em adultos com excesso de peso. Embora alguns efeitos colaterais tenham sido associados à semaglutida, estudos recentes refutam essas alegações, até mesmo indicando uma redução no risco de pensamentos suicidas.

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É crucial entender que o uso desses medicamentos deve ser supervisionado por médicos especialistas, pois cada paciente tem necessidades individuais. O tratamento da obesidade requer uma abordagem multidisciplinar, especialmente para crianças e adolescentes, onde o apoio da família desempenha um papel fundamental. Automedicação deve ser evitada, buscando sempre orientação médica especializada para garantir o cuidado adequado à saúde.

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