A recente tragédia na França, onde dois loucos fundamentalistas islâmicos assassinaram 17 pessoas que cumpriam suas tarefas dentro da liberdade de imprensa, me motivaram a escrever o que lerão abaixo. Além de tudo, a recente viagem ecumenista do Papa Francisco ao Oriente cristão, depois de já ter visitado Jerusalém, fez-me pensar que Deus não tem religião, mas que todas devem ser respeitadas! Tudo que agora acontece, em todas as partes do mundo, apenas serve para provar que a história se repete simplesmente pelo fato de que as pessoas só agem quando aprendem, e aprendem para conhecer, e conhecem para compreender, e aí, sim, poderem julgar! Isso vale para cada um, vale para todos, sejam simples cidadãos, complicados políticos, ambiciosos empresários, humildes servidores públicos e privados, mas, acima de tudo, portadores daquele direito elementar que caracteriza a vida para todos: viver e deixar viver!
Pois bem, dentro de tudo isso que escrevi, nada melhor do que dizer-lhes que causou-me grande sensação de dever cumprido ao presenciar, junto com todos os cidadãos amantes da paz e da concórdia universais, o fato memorável da presença marcante do fabuloso Papa Francisco, na intermediação daquilo que poderá mudar o rumo civilizatório da humanidade: o reatamento político, social e econômico das relações entre dois grandes países da latinidade americana: Cuba e Estados Unidos! Tudo isso me faz lembrar, com muita honra e prazer, cidadãos, de um artigo que escrevi e que o jornal “O Globo” publicou para todos os seus leitores brasileiros e internacionais com o título “Marx e Cristo em Cuba!”.
Artigo publicado no dia 24 de janeiro de 1998, data em que o fabuloso Papa João Paulo II despedia-se de sua memorável visita a Cuba, onde se encontrou com o legendário Fidel Castro, hoje afastado do poder, ocupado, desde então, por seu irmão Raúl Castro! Mas foi a abertura para essa nova investida heroica do atual e corajoso Papa Francisco, reaproximando, através de acordos pacíficos e democráticos, a reocupação do lugar destacado entre os demais, que sempre mereceu a guerreira nação do Caribe! Só que agora, ao lado dos Estados Unidos de Obama, guerreira pela paz, guerreira pelo diálogo, aquele mesmo diálogo formidável que fez o famoso psicanalista francês Jacques Lacan afirmar que “o diálogo parece constituir em si mesmo uma renúncia à agressividade”!
E agora, José?! Como diria Drummond, eu perguntaria ao Papa Francisco: e agora, corajoso Papa Francisco, não é o momento correto para fazer essa travessia de Havana a Jerusalém?! Para mostrar ao mundo todo que o diálogo político, social e econômico, que certamente dará novos rumos civilizatórios à humanidade, também necessita do fim dessa luta cruenta entre judeus e muçulmanos, todos filhos de Deus, mas que adotam o Diabo como orientador, traídos pelos fundamentalismos radicalistas que não escondem as ambições de poder material e existencial de falsos e interesseiros líderes a comandar multidões ingênuas e despreparadas! Para a frente, corajoso Papa Francisco, de Havana a Jerusalém, mostrando, pelo diálogo firme e resoluto que somente pela paz e pela concórdia, incluindo o ecumenismo, os homens realizarão os planos magníficos para os quais o Criador lhes deu incumbência existencial: viver e deixar viver!