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Multiplicando talentos

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Nossa reflexão de hoje é acerca da Parábola dos Talentos. Certo homem, partindo para outro país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um – a cada qual segundo sua capacidade – e seguiu viagem. Os dois primeiros foram imediatamente negociar com os talentos recebidos e ganharam em dobro. Porém o terceiro, tendo medo, enterrou o dinheiro do seu senhor. Ao retornar, o senhor busca seus servos para o ajuste de contas. Aqueles que multiplicaram seus talentos, o senhor os vê como bons e fiéis. Do servo que se isentou de tentativas de multiplicar, o senhor tira-lhe o único talento que lhe foi confiado e dá ao que tinha dez, dizendo: “Porque a todo o que tem dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem ser-lhe-á tirado. Ao servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus, XXV, 14-30)

Jesus falava por parábolas, sugerindo figuras e quadros cotidianos, a fim de facilitar, mediante comparações, a compreensão das coisas espirituais. A Parábola dos Talentos exprime os deveres que nos cabem material, moral e espiritualmente. Não há privilégios nem exclusões nas divinas leis. Deus concede a cada um segundo sua capacidade de administração.

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O que temos feito dos talentos confiados a nós pelo Pai? Temos procurado aprimorá-los e multiplicá-los em favor do nosso próximo e de nós mesmos? Se trazemos recursos financeiros, estamos nos solidarizando com os que menos ou nada têm? Se temos inteligência, ensinamos com paciência a quem precisa? Se temos saúde, oferecemos o braço amigo ao doente? Todos temos a nossa parcela de contribuição à coletividade de que fazemos parte.

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A doutrina espírita nos explica o porquê da vida e nos mostra a reencarnação como chance abençoada do recomeço. O acaso não existe. Estamos na posição certa, no lugar certo, com as pessoas corretas, na condição socioeconômica necessária ao nosso progresso.

D. Isabel Salomão de Campos, no livro “Espiritismo e Vida”, esclarece que os problemas e as dificuldades “advêm da nossa indiferença para com os talentos que nos foram concedidos por Deus, para que os multiplicássemos em favor da humanidade”. Completa que “somente a nossa consciência cristianizada na certeza do dever cumprido e de que fizemos o melhor ao nosso alcance” é que proporcionará vitória sobre os problemas, que “são passageiros e têm vida curta, porque não são de Deus”.

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Orienta Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, que “o chão para semear, a ignorância para ser instruída e a dor para ser consolada são apelos que o céu envia sem palavras ao mundo inteiro. Que fazes, portanto, dos talentos preciosos que repousam em teu coração, em tuas mãos e no teu caminho? Vela por tua própria tarefa no bem, diante do Eterno, porque chegará o momento em que o poder divino te pedirá: – Dá conta de tua administração”.

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