No último dia 17 de junho, a Tribuna de Minas divulgou matéria intitulada “Qualidade da água das represas que abastecem JF varia de péssima a ruim”. A matéria foi baseada no e-book “Represas de Abastecimento Público de Juiz de Fora: Mananciais da Vida”, publicado pela Editora da UFJF com base nas pesquisas do Núcleo de Análise Geoambiental (Nagea), e em entrevista do professor Cezar Henrique Barra Rocha.
No citado livro, a qualidade da água é analisada pelo Índice de Conformidade ao Enquadramento (ICE), desenvolvido pelo Canadian Council of Ministers of the Environment (CCME), e não pelo Índice de Qualidade da Água (IQA) utilizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM-MG), sob o argumento de que o IQA “homogeneíza pontos totalmente diferentes, por exemplo, nascentes, fozes e captações”.
Considerando os ICEs apresentados para as represas de Juiz de Fora (São Pedro, pág. 54; Dr. João Penido, pág. 78; e Chapéu D’Uvas, pág. 116), observa-se que, nos últimos oito anos, para as duas primeiras represas e, em todo o horizonte da pesquisa, para Chapéu D’Uvas, esses mananciais nunca apresentaram qualidade péssima da água como afirma o título da matéria. Cumpre, ainda, ressaltar que, no último ano do estudo, São Pedro (ICE=65) e Dr. João Penido (ICE=67) enquadraram-se como regular e Chapéu D’Uvas (ICE=64) apresentou-se no limite dessa classificação.
Agora, considerando a metodologia IQA-IGAM, que apresenta cinco classes para o IQA: excelente, bom, médio, ruim e muito ruim, e aplicando a mesma base de dados, o resultado classifica as águas das três represas no nível bom: São Pedro IQA=70,4; Dr. João Penido IQA=77,7 e Chapéu D’Uvas IQA=79,5.
Importante esclarecer que a Cesama utiliza a tecnologia convencional de tratamento da água, permitindo às suas estações de tratamento produzir água potável de excelente qualidade, dentro das normas do Ministério da Saúde (Anexo XX da Portaria de Consolidação GM/MS no5/2017) e a um custo acessível para a população.
O atendimento ao que determina a citada portaria é garantido pelo monitoramento diário e constante de todo o processo, por laboratório certificado com a ISO 17.025, desde a captação da água nos mananciais até a distribuição pelas redes do sistema, permitindo à companhia avaliar a qualidade do produto distribuído, protegendo a saúde da população de Juiz de Fora.