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Novos donos do poder

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Desde sábado que o Brasil tem novos comandantes no poder, com a posse dos presidentes da Câmara Federal e do Senado. O deputado federal Hugo Motta, jovem de 35 anos, apadrinhado pelo ex-presidente Artur Lira, vai comandar a Câmara. Motta passa a ser o terceiro na linha sucessória, e é quem pode abrir o impeachment de Lula, como Eduardo Cunha fez com Dilma Rousseff.

Falando em Cunha, ele quer se candidatar a deputado federal por Minas e até já transferiu seu domicílio eleitoral para Belo Horizonte. Já no Senado, o comando volta para David Alcolumbre, um político novo, mas de grande experiência, que já comandou a Casa e fez  seu sucessor o mineiro Rodrigo Pacheco, de quem recebe o cargo de volta.

Motta e Alcolumbre assumem os cargos num momento difícil da política brasileira, onde o radicalismo de alguns, em especial da oposição, torna difícil, quase impossível mesmo, a tramitação de projetos importantes para o país, como a reforma fiscal e até mesmo o orçamento de 2025, isto sem falar no confronto com os demais Poderes, em especial o Judiciário.

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Eleitos como resultado de um entendimento entre oposição e situação, ambos terão que fazer malabarismos políticos para conciliar interesses. Em alguns temas vão agir em conjunto, como na questão da liberação das emendas parlamentares, dinheiro que ajuda parlamentares de todos os lados e cores, a segurar suas bases.

Ambos, em seus discursos após a eleição, avisaram que vão cobrar do Judiciário a liberação das emendas, suspensas por decisão do ministro Flávio Dino – que já foi senador- por falta de transparência no uso dos recursos das emendas. Motta e Alcolumbre não anunciaram nenhuma medida para exigir transparência no uso das emendas, como seria natural. Querem apenas que o ministro Dino mude sua decisão, que consideram uma ingerência em outro Poder.

Nesta semana, os novos presidentes do Senado e Câmara terão encontros separados com Lula. Certamente na pauta a liberação das verbas das emendas parlamentares. Certamente na pauta também o pedido de impeachment de Lula, articulado por grupos de oposição; orçamento de 2025 e a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro. Munição para pressionar deputados e senadores, têm.

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