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Os polos de desenvolvimento

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Falar dos polos paulistas de desenvolvimento é pleonasmo. É até um bom trabalho, quando tentamos comparar o desenvolvimento de São Paulo com o desenvolvimento mineiro. João Doria, governador paulista, está mirando sua candidatura para a Presidência da República nas próximas eleições e, como costumamos dizer, “não dorme no ponto”. E nem precisa, porque aquele estado já possui praticamente todas as infraestruturas necessárias ao desenvolvimento. Dias atrás, Doria anunciou que vai criar 11 novos polos industriais. A intenção é melhorar o que já existe nas regiões que receberão as novas condições que atenderão as novas ações desenvolvimentistas.

Dar acessos diferenciados a créditos, simplificar as licenças de funcionamento e as condições físicas e tributárias serão apenas algumas situações que poderão acontecer. Conforme anunciado, as ações beneficiarão os setores farmacêutico e metalúrgico, de máquinas e equipamentos, automotivos, químicos, de borracha e plástico, petroquímicos, de alimentos e bebidas, têxteis e de vestuário e outros mais.

Os polos paulistas já estão distribuídos em várias regiões do estado, como Campinas, Bauru, Piracicaba, Grande ABC, Baixada Santista etc. A intenção é melhorar o que já existe e concentrar empresas ligadas aos setores os quais se pretende melhorar e desenvolver.

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Se o problema fosse em Minas Gerais, as ações deveriam se concentrar em cidades-polo, como Uberlândia, Uberaba, Pouso Alegre, Montes Claros e Juiz de Fora, por exemplo. Se eu ainda fosse funcionário e técnico da extinta Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais (CDIMG), em primeiro lugar, escolheria áreas possíveis de se construírem distritos industriais entre os municípios de Goianá e Coronel Pacheco, vizinhas do Aeroporto Itamar Franco, que deverá começar a receber e despachar cargas nacionais e internacionais. O suporte a uma região ainda subdesenvolvi da é essencial. Quando o ainda candidato ao Governo mineiro, Fernando Pimentel, visitou a Federação das Indústrias, Regional de Juiz de Fora, cheguei a comentar com ele sobre essa necessidade regional de desenvolvimento. Não obtive qualquer resposta ou promessa do então candidato ao Governo que, por completo, esqueceu-se de beneficiar a Zona da Mata.

O Aeroporto Itamar Franco, localizado na confluência dos municípios de Goianá e Rio Novo, foi recentemente autorizado a operar com recebimentos e embarques de produtos nacionais e internacionais. Mais de 20 anos se passaram para esse aeroporto receber essas autorizações. A atual administração do conhecido Aeroporto da Zona da Mata, anteriormente administrado pela Multiterminais Alfandegados do Brasil, mudou sua administração, mas o trabalho ainda deve continuar por um longo período de tempo, principalmente porque os políticos regionais ainda não se convenceram de sua imp ortância para o desenvolvimento regional e até para Juiz de Fora, que não possui mais grandes áreas para a localização industrial e de serviços.

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