SAGRADO LAMIR DAVID, MÉDICO E ESCRITOR
Não às armas! Não ao lucro bucaneiro! Muito melhor do que o sim às armas, que se pretende, de modo cínico e criminoso – não fossem as armas criminosas incentivadoras dos crimes – na abertura da venda de armas de fogo aos cidadãos brasileiros!
Tudo isso me faz reportar, não faz muito, a notícias que li em famoso vespertino de NY, mostrando a relação perigosa entre o comércio aberto de armas de fogo, e também brancas, como demonstração de cultura e arte de colecionar entre os cidadãos americanos, inclusive, com a participação das crianças. Agora, pela alta incidência de assassinatos usando essas armas, faz o governo de Obama se preocupar com a facilidade de adquiri-las. Quando lá estive, há mais de dez anos, como “research-scholar” de famosa universidade do Sul dos States, surpreendi-me, certo dia, quando um colega americano convidou-me a acompanhá-lo em compras no Centro da cidade. Curioso, pensei na aquisição de alimentos, roupas e artigos do mesmo dia a dia das famílias brasileiras quando vão às compras.
Mas… Surpreendam-se! Sem que eu imaginasse, como diriam os americanos – suddenly, last summer! -, pois estávamos no início do outono, ele estacionou seu carro – eu era carona – em frente a belo shopping, e adentrou – comigo a segui-lo! Sabem onde? Numa grande e luxuosa loja, cheia de fregueses, todos sabem à procura de quê? Não de peixes, carnes, legumes, frutas ou verduras. Mas apreciando – e comprando – baionetas, espadas, facas, escopetas, e até metralhadoras e pequenos canhões, para “decorarem” suas “pacíficas” residências.
E olhem o que está acontecendo na terra de “Abe” Lincoln, assassinado por um louco atirador, no camarote, quando assistia, entusiasmado, a uma peça teatral. E o pobre Martin L. King, lutador pela paz inter-racial em sua pátria, emudecido por fatal e certeiro tiro. Ah! E o corajoso e combativo JFK, em Dallas, dentro de seu carro, ao lado de sua esposa, ainda jovem, vitimado por certeiro tiro em sua inteligente cabeça? E, pouco depois, seu irmão e admirador, o combativo Robert “Bob” Kennedy, também assassinado com tiro na cabeça, quando fazia campanha política em Los Angeles, em sua luta em prol da paz entre os homens, citando os exemplos trágicos das mortes de seu querido irmão JFK e de Martin L. King!
E durma-se com um barulho – ou estampido – desses! E agora… Pérfidos políticos – ou corruptos do futuro? – estão querendo liberar a venda de armas em nosso rincão verde-amarelo, talvez desejando vê-lo também, além de verde e amarelo, rubro! Pelo sangue que fatalmente correrá! E há interesses estranhos como sempre, aqueles “interesses” criminosos e perversos do que se apelidou lucro bucaneiro. Nome mais do que justo, pois bucaneiro se refere a armas.