Uma das imagens mais marcantes dos últimos dias foi a do Papa Francisco rezando sozinho, pela primeira vez, na praça de São Pedro, dando sua bênção de indulgência “Urbi et Orbi”, elevando orações a Deus diante das ameaças da pandemia causada pelo novo coronavírus. A intenção é responder à pandemia com a universalidade da oração, da compaixão e da ternura. A imagem correu o mundo e emocionou a todos que acompanharam suas orações.
“Permaneçamos unidos. Façamos com que as pessoas mais sozinhas e em maiores provações sintam a nossa proximidade”, disse Francisco. A bênção dada pelo Papa Francisco permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados. A bênção extraordinária Urbi et Orbi é a mesma que os pontífices costumam transmitir apenas em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembram o nascimento e a morte de Jesus. “Trata-se de um evento extraordinário presidido pelo Papa, em um momento específico, quando o mundo cai de joelhos pela pandemia. Um momento de graça extraordinária que nos dá a oportunidade de viver esse tempo de sofrimento e medo com fé e esperança”, explicou o Vaticano em uma nota.
Depois de ouvir a Palavra de Deus, o Papa Francisco fez uma meditação. O Santíssimo Sacramento ficou exposto no altar localizado no átrio da Basílica do Vaticano.
Sobre a indulgência plenária, o texto da Penitenciária Apostólica, publicado no dia 20 de março, prevê, entre outras indicações, que fiéis enfermos com coronavírus, profissionais de saúde, familiares e “todos aqueles que, a qualquer título, cuidam deles, até mesmo com a oração” poderão lucrar a indulgência ao recitar o Credo, o Pai-Nosso e uma oração a Maria. Além de elevar a súplica a Deus, Francisco faz um chamado à unidade e à proximidade a médicos, profissionais da saúde, enfermeiros e enfermeiras, voluntários, às autoridades “que devem tomar medidas duras, mas para o nosso bem”. Também aos policiais e aos soldados. “Proximidade a todos.”
Já na manhã do dia 30, na missa na Casa de Santa Marta, o Papa Francisco pediu a Deus que ajude aqueles que estão assustados com o coronavírus. Na homilia, convidou a agradecer a Deus se reconhecemos os nossos pecados, porque deste modo podemos pedir e acolher a sua misericórdia. O Papa Francisco dirigiu seu pensamento às pessoas amedrontadas com a atual pandemia: “Rezemos hoje pelas muitas pessoas que não conseguem reagir: permanecem amedrontadas com esta epidemia. Que o Senhor as ajude a reerguer-se, a reagir para o bem de toda a sociedade, de toda a comunidade”.
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