Desde o surgimento do Conselho Municipal da Juventude, em 2013, eu tinha uma meta e um sonho em mente: transformar a vida dos jovens em nossa cidade. Muito me incomoda não termos uma política pública específica para a juventude, nem ao menos existir um departamento na Prefeitura que seja responsável por cuidar desse setor da sociedade.
Logo no início, começamos a trabalhar em um Plano Municipal de Políticas Públicas para Juventude, construído através de conferências, fóruns da juventude e de muito trabalho interno de conselheiros. Mas todo esse trabalho parecia em vão com o fim da gestão e a inatividade do conselho.
No começo deste ano, um novo sopro de esperança surgiu para que algo começasse efetivamente a mudar. O CMJ foi recomposto e também fui eleita pelos conselheiros presidenta. Nosso primeiro compromisso foi revisar esse plano e colocá-lo para tramitação. Criamos uma comissão interna, que trabalhou por meses em sua atualização, e, finalmente, no dia 23 de julho de 2019, o Plano Municipal da Juventude foi aprovado em plenária do conselho.
Para a construção desse plano, levamos em consideração toda a diversidade da juventude em nosso município, pensando nas realidades dos jovens em cada região de Juiz de Fora e também na diversidade religiosa, de gênero, sexualidade, etnia. É um conjunto de metas que assegura que tenhamos o direito a saúde, educação, esporte, lazer, cultura e tudo mais que anseia a juventude, garantindo, assim, que o direito à cidade e a viver essa etapa da vida seja da melhor maneira possível. Um plano plural e rico em direitos e deveres.
O próximo passo é convocar toda a sociedade para conhecer e opinar ainda mais sobre os nove capítulos que compõem o plano e pretendem abarcar os principais anseios e direitos dos nossos jovens. Após isso, o plano será apresentado ao prefeito e imediatamente enviado à Câmara dos Vereadores para sua apreciação, votação e transformação em lei.
O nosso objetivo é que essa se torne uma política de Estado. Dessa forma, mesmo com as trocas de governo municipais, essas políticas deverão ter continuidade. Até a aprovação do plano, ainda teremos uma longa caminhada, por isso convocamos toda a sociedade juiz-forana a estar ao nosso lado e a participar da luta para que esse tão importante instrumento de amparo aos nossos jovens seja aprovado pelos vereadores e se torne lei.
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