Se no jogo de futebol um gol de placa é sempre comemorado, na economia do desenvolvimento econômico também é assim. A Gol Linhas Aéreas Inteligentes inaugurou seu voo de Juiz de Fora para Confins e de lá para o Aeroporto de Congonhas, no coração de São Paulo. A comemoração é de todos: população da Zona da Mata, políticos, empresários de diversos ramos, indústria e comércio e muita gente mais. Se no futebol existe um técnico responsável pelo êxito de 11 jogadores em campo, na economia também tem que existir este técnico. No caso do Aeroporto Internacional Itamar Franco, esse técnico foi Denílson Duarte, ex-diretor da Multiterminais para os assuntos aeroportuários.
Denílson bem uma placa comemorativa. Ele é a pessoa que acreditou no êxito do aeroporto idealizado por Itamar Franco e que durante anos a fio trabalhou para o sucesso deste que será, sem dúvida, o maior marco do desenvolvimento da região, que abrange inúmeros municípios ao seu redor, inclusive Juiz de Fora. No entanto, o desenvolvimento regional não é assunto para uma pessoa só. Sem o apoio integral de toda a classe empresarial e política, fica difícil o processo desenvolvimentista prosseguir no seu objetivo a velocidades que superam até a velocidade do som. O processo de desenvolvimento sempre foi um processo de curto, médio e longo prazos. Não acontece da noite para o dia.
O que tenho defendido é que a classe política regional, agora formada por políticos de diversos partidos, coloque como prioridade absoluta a criação de um distrito industrial que não deve ter menos que dois milhões de metros quadrados. Com toda a infraestrutura necessária, esse DI deve poder acolher várias indústrias, e não apenas uma. Juiz de Fora não cuidou de construir outro DI e hoje não consegue áreas como as que existem em um distrito industrial que sejam capazes de atender ao processo de localização industrial de imediato. Como o processo de criação de novas áreas aptas a localizar novas e importantes indústrias requer tempo como a escolha do local, processos de licenças ambientais, aquisição da área por compra ou desapropriações, criação de toda a infraestrutura interna e externa. Isso demanda tempo, e é agora que a classe política de Juiz de Fora e região deve começar seu trabalho.
Em que pese dificuldades financeiras do Estado de Minas Gerais, o mesmo não acontece com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, a Codemig. Ela possui recursos técnicos para realizar esse trabalho com eficiência. Será ela que o governador deve mandar começar a escolher essa futura área, iniciar os estudos ambientais e realizar todos os projetos que o problema requer. Com os recursos que ela dispõe, ela não depende de recursos vindos da participação estadual no seu capital. Se isso acontecia com a antiga CDI-MG, o mesmo não acontece com a Codemig. Vamos começar esse trabalho pela região da Zona da Mata? Mãos à obra!