Hoje é o Dia Internacional do Idoso, data que foi instituída pela Organização das Nações Unidas para qualificar a vida dos mais velhos, através da saúde e da integração social. Data também de reflexão, já que o idoso tem alçado, em nossa sociedade, um papel cada vez mais expressivo, porém, o preconceito, a injustiça e a exclusão social permanecem ainda visíveis.
Por diversos fatores, vivemos hoje uma explosão demográfica, e a longevidade da população é, sem dúvida, um dos maiores desafios dos tempos atuais. Até 2040, a tendência é de que mais de 30% da população seja composta por idosos. O grave problema é que o nosso país continua despreparado para enfrentar essa nova tendência demográfica. As políticas públicas para os idosos ainda são insuficientes, prejudicando o avanço de projetos e ações para essa população.
Levantamento recente feito pela Fundação João Pinheiro mostra que, em Minas Gerais, dois terços dos municípios fizeram algum programa para promover a saúde dos idosos. Em sua maioria, programas de iniciativa federal aliados ao SUS. Contudo, dos 853 municípios mineiros, apenas 287 tinham programas de enfrentamento à violência; menos da metade contava com projetos para acessibilidade e espaços de lazer e esporte; apenas 158 mantinham programas de acessibilidade e transporte público para idosos, e somente 133 praticavam ações para capacitação de cuidador de idosos.
Na agenda da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, está previsto, para o dia 28 de outubro, o lançamento oficial da Comissão Extraordinária do Idoso, que já foi instituída pelo presidente Adalclever Lopes e da qual serei presidente. Ela terá como meta propor ações e realizar estudos e debates sobre as necessidades e os direitos dessa parcela da população. É um passo importante que a Assembleia está dando na defesa da terceira idade. Em Minas, 12% da população já passaram dos 60 anos, o que corresponde, pelos dados da Fundação João Pinheiro, de 2011, ao total de dois milhões e 300 mil idosos. A Assembleia Legislativa sempre foi referência na prestação de serviço ao cidadão e não poderia deixar os idosos sem o devido amparo e atenção.
Neste Dia Internacional do Idoso, conclamo toda a população para unir esforços. Pois, apesar de algumas conquistas, é necessário avançar. É preciso estimular a mudança da percepção social sobre o idoso, pôr um fim aos estereótipos negativos sobre a velhice e encarar aqueles que já passaram dos 60 anos como um novo ator social. É preciso, acima de tudo, investir numa sociedade para todas as idades. Essa será, sem dúvida, a única forma de garantirmos um futuro mais digno, sustentável e plenamente seguro.