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O bom combate

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“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” Essa declaração de Paulo, o missionário do bom combate, nos últimos dias da experiência terrestre, vale nossa reflexão e o constante esforço da prática.

Paulo de Tarso, que andara em combate aos cristãos e em busca de vitórias transitórias, renova sua trajetória quando se encontra com Jesus, a verdade que venceu a cruz criada pelos homens, às portas de Damasco. Diante de um esplendor de luz, o doutor das leis cai em terra, ouvindo uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”; “Quem és, senhor?”, pergunta Saulo; e Jesus reponde: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões”. Seguindo até Damasco, orientado por Jesus, converte-se e segue na divulgação do evangelho do Cristo. Incompreendido e perseguido, serviu, incansavelmente, à causa do bem.

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Dessa forma, a imortalizada expressão “bom combate” destaca e sinaliza o procedimento libertador a que somos chamados nas lides da evolução espiritual. Recalcitrar contra os aguilhões é resistir à renovação proposta pelo evangelho.

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Importante atentarmos para a diferença entre combate e bom combate. O combate evidencia e movimenta a violência, a indignação e a perturbação, com efeitos destruidores. Por outro lado, o bom combate é travado na intimidade silenciosa dos sentimentos, no exercício de autoconhecimento, para que, enxergando nossos defeitos, busquemos o combate gradual às más tendências que trazemos, aos maus hábitos, que estão em desacordo com uma vida cristã e, portanto, com os ensinamentos que Jesus vivenciou e nos legou em sua passagem pelo planeta Terra. Conforme afirma Emmanuel, pela psicografia do médium Chico Xavier, o combate nos chumba à Terra em aflitivos processos de reajuste, segundo a lei de causa e efeito; enquanto o bom combate liberta o espírito para a ascensão aos planos superiores.

Diante desse conhecimento e do esforço individual, sem plateia, sem destaque, sem divulgação aos outros, temos oportunidade de escrevermos nas páginas de nossa história um presente de renovação, com vistas a um futuro melhor, como espíritos eternos. A doutrina espírita é esclarecedora e retira o véu da dúvida. Pelo livre arbítrio, o ser humano pode escolher entre o combate ou o bom combate; optar por recalcitrar contra os aguilhões ou abrir-se à renovação. A mudança está em nós.

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Embora as dificuldades naturais de evolução em um mundo, ainda, materialista e distanciado do verdadeiro amor, cabe-nos a confiança no Cristo e nossa opção para o bem e para o bom combate, melhorando-nos a nós mesmos. Na vigilância e no serviço íntimo, reajustemo-nos, constantemente, buscando força no evangelho de Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Lembremos as amoráveis palavras do Cristo: “Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.

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