Viktor Frankl foi uma das grandes personalidades do século XX. Médico psiquiatra e criador da 3º Escola de Psicoterapia de Viena, também conhecida como logoterapia ou terapia do sentido da vida. Frankl passou por muitas dificuldades em sua existência. Devido à Segunda Guerra Mundial, teve sua vida abruptamente transformada ao ser enviado para os campos de concentração nazistas. Perdeu não apenas os pais e outros familiares, como também sua esposa. Todavia, ele jamais perdeu a esperança, e sua inteligência aguçada percebeu que as pessoas que tinham um porquê de viver, mesmo em uma situação extremada, não entregavam os pontos. Por isso, a terapia proposta por ele é a dos sentidos da vida.
Aquelas pessoas que têm uma razão de existir, uma vivência com propósitos, não acabam entrando em desespero. Diferentemente de um indivíduo com vazio existencial. Ter um propósito de vida válido justifica qualquer esforço e, até mesmo, sofrimento. Para Frankl, a dor com sentido não se transforma em desespero. Por isso, é essencial se conhecer e saber escolher seus propósitos e caminhos de vida.
Assim, não é o dinheiro ou o acúmulo de bens materiais que proporcionam o conforto interno de uma consciência aliviada, mas o alinhamento da pessoa com suas vocações e missões na vida. É tranquilizador saber que se está indo na direção certa e que a existência não está sendo de desperdício de tempos e recursos. Mais do que os resultados imediatos, a paz interna de progredir a cada minuto; hoje melhor do que ontem e assim por diante. A conquista maior é questão de tempo e da disciplina em continuar no trabalho e na perseguição dos propósitos superiores da existência, a nobreza dos esforços e da conquista dos seus ideais.
A vida pode não ser um ‘mar de rosas’, mas os obstáculos e dificuldades nos auxiliam no despertar tanto de nossas forças internas, quanto no aproveitamento melhor das oportunidades. Viktor Frankl é uma prova viva de que a maneira como encaramos os obstáculos e as lições pode nos fazer crescer e acumular legítimos tesouros de experiências e sabedoria.
Ter uma vida plena constitui justamente uma existência combativa, de enfrentar as dificuldades sem desânimo ou preguiça e de prosseguir, para que a percepção do progresso e da consciência seja da vitória final, apesar dos pesares.
Grandes são aqueles que conseguem superar marolas ocasionais. Maiores são aqueles que fizeram da vida legítimas testemunhas de inspiração e exemplo, tal como o nosso Senhor Jesus Cristo.
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