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Campanhas contra os golpes

editorial
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Na edição dessa quarta-feira, a Tribuna, por meio de matéria da repórter Sandra Zanella, apontou o aumento de casos de golpes pela via digital, que situam Juiz de Fora na terceira posição do ranking das cidades mineiras com maior incidência de casos. As ocorrências apontam também para a sofisticação das ações dos criminosos, que ampliaram a sua faixa de ação.

Especialmente quando se trata de casos de estelionato, os idosos continuam sendo os alvos preferenciais, em razão de não efetuar o manuseio adequado dos equipamentos, mas já não são os únicos. A Polícia Civil apontou várias modalidades e as medidas que devem ser tomadas para evitá-lãs, mas todos estão sujeitos por conta da variedade de ações.

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O velho golpe do telefone, no qual alguém se apresenta como alvo de sequestro, e pedindo ajuda financeira, se mantém, mas até mesmo nos sites de relacionamento já há ocorrências. Os autores mexem com o emocional das vítimas e, ao fim da conversa, apresentam histórias tristes que demandam algum tipo de ajuda para superá-las. Dependendo do grau de envolvimento, o golpe quase sempre se consuma.

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A informação continua sendo o melhor antídoto para esses crimes, mas não basta esclarecer a população se o braço penal do Estado não estiver apto a cumprir o papel de investigação e execução de penas. Em Minas, a despeito de uma expressiva parcela já estar equipada para tais investigações, somente em Belo Horizonte está instalada uma Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos.

Como regra, a “Polícia Civil orienta que, diante da constatação de crimes on-line, a vítima deve comparecer a uma delegacia mais próxima à sua residência ou a uma base móvel da Polícia Militar e registrar o boletim de ocorrência (Reds)”. Na Delegacia Virtual também já é possível denunciar estelionato, conforme a instituição. “Importante destacar que parte dos crimes mencionados, sobretudo o estelionato e a invasão de dispositivo informático, exige que a vítima formalize o termo de representação para que a Polícia Civil possa agir”, destaca a matéria.

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A tecnologia tem muitas virtudes, mas suas mazelas são preocupantes ante as consequências em diversas instâncias. O autor de crimes virtuais usa e abusa de informações falsas para induzir as vítimas ao erro, o que implica novas discussões sobre o uso de tais ferramentas, sobretudo quando se sabe que as grandes empresas digitais não têm qualquer prioridade para inibir tais práticas.

Ademais, quando se trata de estelionato, as vítimas têm papel ativo na sua consecução ante a possibilidade de ter algum tipo de vantagem.

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É fato que já há campanhas informando a população, mas elas devem ser implementadas de forma recorrente ante o fato de os criminosos estarem sempre um passo à frente na implementação de novos golpes.

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