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Começa a temporada

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O mês de agosto é emblemático para o processo político por sinalizar o início oficial da campanha eleitoral. Os partidos terminam, ainda nesta semana, no dia 5, o ciclo de convenções, e a oficialização dos candidatos indicará para o eleitor os nomes que estarão em jogo nas urnas do dia 2 de outubro. Pelo calendário, o dia 15, a despeito das convenções, é a derradeira data para registro das candidaturas.

Os políticos, no entanto, já estão em campo há um bom tempo, pois há ritos informais de campanha que começam bem antes da definição dos nomes. Buscar acordos com lideranças municipais é um deles. Quem deixa para a última hora está sujeito ao risco de encontrar os espaços ocupados. O volume de viagens é estafante, mas faz parte do processo.

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O problema para os postulantes a uma vaga na Assembleia ou na Câmara Federal são os custos, já que, na distribuição dos recursos de campanha, a maior parcela vai para os candidatos aos cargos majoritários: no caso atual, Presidência da República e governos estaduais, ficando a outra parte para os puxadores de votos ou políticos próximos ou integrantes das cúpulas partidárias.

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Essas são questões internas que os políticos já conhecem de cor. A parte que cabe ao eleitor é acompanhar o processo de campanha, o que só é possível com o início da propaganda no rádio e na televisão e publicações nas mídias impressas e digital. Na última sexta-feira, a Tribuna mostrou números do DataTempo indicando que 71% dos mineiros ainda não sabem em quem votar para deputado federal e 73% desconhecem os postulantes a uma cadeira na Câmara Federal.

É fato que há descaso com o voto proporcional. Um expressivo número de eleitores não sabe em quem votou no último pleito. Trata-se, como já foi discutido neste mesmo espaço, de um grave problema, pois a escolha dos parlamentares é peça fundamental para o processo democrático. Cabe ao Legislativo não só elaborar leis, mas fiscalizar as ações do Executivo. Quando a escolha é feita de forma descuidada, o necessário equilíbrio dos poderes fica comprometido, criando situações nas quais o jogo de interesses pessoais acaba prevalecendo em detrimento da vontade geral.

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Com a oficialização dos nomes, é possível, também, convidar os candidatos para exporem suas ideias. De forma recorrente – e vai continuar insistindo -, a Tribuna tem sugerido às diversas instituições, de forma conjunta ou isolada, a elaborarem eventos nos quais a discussão sobre as demandas da cidade ou da região sejam expostas aos candidatos. Assunto não falta, mas o mais importante é a formatação de comprometimento dos políticos com suas bases.

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