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Há mais amor neste pedaço de chão

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Em 1975, quando da inauguração do Calçadão da Rua Halfeld, uma marchinha fazia parte do pacote publicitário lembrando a paixão do juiz-forano por sua cidade. O tempo avança, a paixão permanece, mas Juiz de Fora mudou. O município, que já foi o segundo do estado – só perdendo para Belo Horizonte, com quem disputou, em 1910, o direito de ser a capital -, vive o dilema das metrópoles, hoje marcadas por demandas crescentes e recursos de menos, levando a um desequilíbrio que se explicita nas ruas.

Polo da Zona da Mata, a cidade, no entanto, mantém a sua vocação de centro de serviço, acolhendo uma população em torno de 1,5 milhão que frequentemente faz do município o foco de seus negócios, especialmente na área de saúde. Juiz de Fora é referência e paga um preço por isso, pois recebe pacientes do estado e até de municípios do Rio de Janeiro. Se por um lado é bom, pois há mais circulação de recursos, por outro há o congestionamento da sua rede pública, que precisa de reforços ora exclusivamente no papel, como o Hospital Universitário e o Hospital Regional.

No dia em que celebra os 169 anos de sua emancipação, a cidade se revela aos seus habitantes. Na edição dessa sexta-feira, a Tribuna revela a memória afetiva da população, que enumera locais históricos, e outros nem tanto, que fazem parte de suas recordações. O jornal mostra uma cidade de grandes vocações.

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Olhar para trás faz parte da vida, mas apenas como referência para o que pode ser corrigido ou aperfeiçoado, e este é o desafio dos dirigentes e demais lideranças. Juiz de Fora, como tem sido destacado sistematicamente neste espaço, tem uma localização estratégica e uma logística de ponta com duas rodovias e uma linha férrea, além de pelo menos dois terminais aeroviários. Com tal estrutura, é possível discutir investimentos, mesmo em tempos difíceis da economia, que voltou a registrar crescimento zero. Como os pioneiros, não há espaço para desistência. Insistir deve ser o lema.

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