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ATAQUE E DEFESA

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No melhor estilo futebolístico, no qual se diz que a melhor defesa é o ataque, o deputado Eduardo Cunha e seus seguidores iniciaram uma nova etapa para impedir a sua cassação: intimidar os opositores. Foi o que disseram ontem os maiores jornais do país, apontando ações como a do deputado Paulinho da Força, que está buscando informações sobre os membros do Conselho de Ética para pressioná-los. A meta é indicar um relator amigo, a fim de garantir um processo sem solavancos para o presidente da Câmara.

Cunha continua fazendo jogo duplo para sobreviver. A despeito de ter recebido pedido para abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff e de parecer favorável nesse sentido, continua dizendo que há pontos vagos, indicando para o Planalto que o caso depende única e exclusivamente dele, quase cobrando reciprocidade da base governista na apuração do processo contra ele e que já chegou ao Conselho.

O que o presidente não controla é a opinião pública. No Rio, evangélicos e feministas, em eventos distintos, pediram o seu afastamento, numa clara prova de que o parlamentar está perdendo as ruas, depois de um período de notoriedade, quando colocou temas relevantes em votação. Embora tudo seja uma questão de tempo, não se sabe quanto vai durar, o que só amplia o desgaste do parlamentar e da própria instituição. Não são de graça os números do Ibope que consolidam a imagem negativa dos políticos. Eles fazem por merecer com tais intransigências.

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