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Hora e vez dos candidatos

editorial
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A partir desta sexta-feira, eleitores e eleitoras terão oportunidade de conhecer as propostas dos candidatos à Câmara Municipal e à Prefeitura, com o início da propaganda eleitoral. Além de dois programas diários nas rádios e nas emissoras de televisão, eles ainda terão direito a 70 minutos da programação para novas inserções. Em Juiz de Fora, a candidata do PSTU, Victoria Mello, não terá esse privilégio. Como seu partido não tem representação no Congresso Nacional, a lei eleitoral estabelece que ela não pode participar da propaganda gratuita.

Em tempos em que os comícios em palanque estão quase saindo de moda, perdendo espaço, especialmente, para o debate digital, a propaganda gratuita é uma oportunidade para alcançar o público menos afeito às redes. É fato que o tempo é curto para algumas candidaturas, mas se a propaganda for bem-feita, dá para chamar a atenção.

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Enquanto os postulantes a uma vaga na Câmara terão tempo apenas para dizer o nome e o número, em razão do pouco tempo e muitos candidatos, os políticos que vão tentar a prefeitura terão tempo para apresentarem suas metas, sobretudo pela aridez como elas são apresentadas nas redes digitais, nas quais mais vale aparecer do que pedir voto. Isto é, ganha-se engajamento, mas não necessariamente o aval do eleitor.

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Com 565 mil habitantes, de acordo com o IBGE, Juiz de Fora ocupa o espaço das chamadas cidades polo que, além das próprias demandas, têm questões envolvendo o seu entorno, sobretudo nas áreas de saúde e educação. Em recente levantamento para apurar as áreas preferidas pela população para encaminhamento de emendas, a Câmara Municipal constatou que essas duas áreas são prioritárias.

O que os políticos pretendem fazer nessas duas rubricas é o ponto de partida para a campanha eleitoral. Mas é fundamental apresentar propostas consistentes e não temas apurados com base na inteligência artificial. Como toda cidade de seu porte, Juiz de Fora tem desafios importantes e como enfrentá-los é o que se espera dos candidatos.

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A propaganda gratuita ainda tem um forte apelo, embora os outros meios tenham aumentado a sua relevância na definição do eleitor. Políticos com menos espaço devem usar a criatividade. Como já foi mostrado nesse mesmo espaço, em sua primeira eleição para prefeito, o radialista Alberto Bejani usou uma estratégia própria: com pouco tempo de exposição, gravava além do permitido, deixando para a justiça cortar o excesso. No dia seguinte, se apresentava como um candidato alvo da censura. Chamou a atenção.

No entanto, a despeito do esforço de alguns candidatos em nacionalizar a discussão, a disputa municipal tem características próprias, envolvendo, especialmente, as demandas diretas do eleitor. Este quer saber o que será feito em seu entorno e quais as políticas serão implementadas principalmente nas áreas de saúde, educação e segurança.

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A última também entrou na discussão municipal, pois, se antes era uma prerrogativa do estado e da União, agora envolve as prefeituras não apenas como ações sociais para mitigar os danos da violência, mas também pelo viés repressivo com as guardas municipais. Temas, portanto, não faltam na agenda dos candidatos, que devem adicionar, ainda, a questão ambiental, hoje prioritária quando se pensa no futuro.

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