O reconhecimento pelo Governo de Minas do arranjo produtivo local e a abertura do Morro do Imperador a propostas de ocupação – fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo com a Abrasel, com envolvimento também do Grupo de Desenvolvimento e Inovação da Zona da Mata e União Cervejeira da Zona da Mata, indicam que a cidade vai pelo caminho certo ao buscar alternativas para incentivar o turismo local. O Morro do Imperador é um cartão postal, mas seu uso é precário, a despeito de sua localização e estrutura.
Com esse arranjo, será possível incrementá-lo, algo que já foi tentado em iniciativas isoladas, sendo necessário um projeto de amplo espectro, pois não basta, por exemplo, ter um restaurante sem que o acesso seja seguro. Nos tempos de hoje, são necessárias várias combinações – a começar por infraestrutura e segurança – para a execução de ações coletivas.
Polo de uma região com mais de um milhão de habitantes, Juiz de Fora tem que insistir nessa vocação, pois o sucesso desse empreendimento servirá de âncora para tantos outros. Na coluna Painel de domingo, foi revelada a preocupação do estado com o Centro de Convenções, hoje mais um problema do que solução por conta dos custos de manutenção que não são cobertos pelos poucos eventos que o ocupam.
O incremento do turismo local pode ser a principal saída para o espaço que tem logística própria e infraestrutura moderna, mas que tem entre seus problemas a falta de uma via própria, capaz de dispensar o uso da BR-040, hoje um risco para os usuários.
Com ações como a do arranjo local, será possível encontrar, talvez, a resposta que os técnicos do estado hoje não encontram no processo de busca de medidas que viabilizem o Centro de Convenções.