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Conversa objetiva

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A vinda a Juiz de Fora da cúpula da segurança pública, no próximo dia 4, é um momento importante para busca de informações sobre as ações e inações do estado, a despeito de sua importância política e econômica  da cidade em Minas Gerais. Nos últimos anos, as polícias Civil e Militar passam por um processo de desidratação em seus quadros enquanto o discurso oficial é de investimento. Os pleitos para implementação de projetos sempre entram no fim da fila, e alguns deles sequer saem do papel. As câmeras de segurança, vitais para ampliar a percepção de vigilância, levaram anos para serem implantadas.
Batendo recordes anuais de homicídios, Juiz de Fora cobrou, por mais de uma vez, a adoção do projeto “Fica vivo”, próprio para o combate a crimes tentados e consumados contra a vida, até então implantado em Belo Horizonte e no seu entorno. O discurso era único: “A cidade não tem número de ocorrências suficiente para justificar o investimento”. Essa resposta foi e continua sendo um escárnio, pois a cifra de mortos – acima de 100 – tornou-se rotina nos últimos anos e segue a mesma toada em 2017. O que, então, justifica o programa, salvo se ele já não for mais o projeto de ponta do Governo para combater a violência em Minas?
Durante anos, também se cobrou o envolvimento das instâncias políticas, para que usassem suas prerrogativas parlamentares para cobrar medidas do Estado. Os ouvidos ficaram surdos por muito tempo, com as lideranças optando por lances isolados. Mesmo com boa intenção, melhor seria se tivesse um posicionamento único, que começou a ser forjado há cerca de 15 dias e que pode se consolidar nesta reunião com os dirigentes estaduais. A hora é oportuna, sobretudo por ser um tema que se apresenta na rotina da população, hoje acuada em suas casas temendo a ação das gangues e dos chamados donos das ruas.

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