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A importância da Educação

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Prefeitos de todo o país encerram, nesta quinta-feira, a XXIV Marcha sobre Brasília, após três dias de manifestações com destaque para a pauta educação. Os municípios cobram financiamentos para execução de uma agenda que envolve, necessariamente, creches, obras, piso do magistério e Fundeb, uma vez que, como destacou a pesquisadora Damila Bonato – gerente de marketing e produto da Aprende Brasil Educação -, “a troca de informação e experiência entre os prefeitos e secretários de educação é fundamental para que o ensino público avance no Brasil”.

Ela tem razão, já que o investimento na Educação é uma prioridade nas políticas de Governo, embora nem sempre receba a atenção necessária. O país viveu momentos em que a educação ficou em segundo plano, a começar pela redução drástica dos investimentos nas universidades públicas, mesmo diante da sua importância. Há quem entenda que a maior carga de repasses deva ser feita para o ensino básico e fundamental. Faz sentido, mas o grave nesse cenário é que, mesmo diante da desidratação das verbas para o ensino superior, não houve a esperada transferência.

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A Marcha dos Prefeitos é a prova material dessa situação que se agrava cada vez mais. A pandemia do coronavírus ainda produz ecos em diversas instâncias e na educação seus efeitos são ainda mais acentuados. Ela foi reveladora da situação da educação pública quando houve a transferência das aulas para o modelo home office. Milhões de alunos ficaram sem meios para tal modelo, ora por falta de equipamentos, ora por não terem acesso à rede mundial. Essa defasagem precisa ser corrigida, sobretudo pelo avanço do meio digital que tornou-se prioritário para qualquer tipo de ação nestes novos tempos.

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Quando a educação falha, o país perde e abre-se espaço para toda sorte de problemas. O crime em uma escola, segunda-feira, em São Paulo, foi, em parte, resultado da falta de estrutura, já que o aluno de apenas 13 anos, responsável pelo atentado, há muito vinha dando sinais de insanidade, com claras ameaçar ao seu entorno. Era um personagem a ser monitorado e passível de ser avaliado. Mas nem toda escola tem esse tipo de programa.

O Brasil, é fato, tem números discretos de violência nas escolas, se comparado com os Estados Unidos, mas é necessário sair desse discurso e investir na educação, pois ela prepara cidadãos e garante sua participação, inclusive no mercado de trabalho, de forma mais equilibrada. Boa parte dos personagens que vivem do subemprego foi apartada dos bancos escolares.

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Os prefeitos conhecem essa realidade. Resta, pois, ao Governo Federal ouvir seus pleitos, não apenas por ser uma causa nobre, mas pelo fato de a Educação ser a matriz para as demais virtudes; sua ausência, por outro lado, é o caminho mais curto para as mazelas.

 

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