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Acesso digital

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Quando da implantação da tecnologia 4G, conforme matéria do repórter Gabriel Silva, a cidade vivia aos trancos e barrancos com a terceira geração da internet. Áreas de sombra no Centro e nos bairros e nenhuma conexão nos distritos eram uma realidade. Passada quase uma década, alguns desses problemas persistem. Às vésperas da chegada da quinta geração digital, demandas da terceira – que continuaram na quarta – ainda precisam ser resolvidas. E não por falta de leis ou empenho das lideranças. A Câmara, para facilitar a implantação ainda do 3G, criou uma comissão especial e elaborou uma lei para facilitar a troca de antenas. O texto foi imediatamente sancionado pelo Executivo, mas nem todas as operadoras fizeram o dever de casa.

O novo modelo não precisa de lei, mas é necessário estar atento ao movimento das operadoras, a despeito de serem elas as principais interessadas em ampliar as zonas de acesso. Os distritos, com um número menor de clientes, costumam ficar para trás na lista de preferência.

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A tecnologia 5G, como mostrou a matéria de domingo na Tribuna, muda o patamar do mundo digital, pois não interfere apenas na velocidade da conexão. Ela amplia o cardápio de produtos que dela se beneficiam. Nos tempos digitais, a internet das coisas já é uma realidade. Todos se beneficiam. As instâncias de saúde e educação também. A pandemia, que impôs uma série de restrições de mobilidade, mantendo a população dentro de casa pelo lockdown, acelerou a questão digital.

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Na saúde, o atendimento médico virtual, até então pouco comum, tornou-se uma realidade, embora o contato médico-paciente ainda seja importante, mas foi na educação que surgiu um novo patamar. As aulas pela via digital apontaram para novas possibilidades e também expuseram a realidade de um Brasil real. Pelo país afora, milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet, e outros tantos têm, mas de forma precária, ora por questões técnicas, ora por questões econômicas.

A situação dos distritos de Juiz de Fora se replica pelos rincões de pobreza que ainda estão apartados de uma série de avanços em diversas instâncias. De dimensões continentais, o país também tem problemas da mesma dimensão, o que leva tais demandas para os palanques de campanha que estão se instalando em decorrência das eleições de outubro.

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Os candidatos precisam discutir necessariamente o modelo digital, por tratar-se de uma demanda de interesse coletivo. Hoje há uma dependência clara da internet, por não ser mais um avanço para facilitar o lazer via redes digitais, mas também um instrumento de promoção da cidadania, principalmente quando permite o acesso democrático de todos os segmentos sociais.

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