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ALERTA GERAL

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O alerta emitido pela Organização Mundial de Saúde, por intermédio de sua diretora Margaret Chan, é importante para uma mudança nas relações entre os estados nacionais e as muitas doenças que infestam o mundo. No caso do zika vírus, também oriundo da contaminação pelo Aedes aegypti, ela revelou que a doença está se alastrando de forma explosiva pelas Américas, podendo atingir cerca de quatro milhões de pessoas, 1,5 milhão somente no Brasil. A presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião do Conselhão para lembrar que é fundamental a mobilização de todos contra o mosquito.

Advertências e cobranças, porém, só têm eficácia quando saem do discurso para a ação. Há anos, o mosquito prolifera pelo país afora sem que medidas drásticas fossem adotadas. Somente este ano, após a explosão de casos, é que elas estão sendo tomadas. Trata-se de trancar a porta depois do arrombamento, como é comum no país, em que, a qualquer redução de casos, coloca-se o pé no freio. O número de infestação deve servir de advertência para a adoção de políticas permanentes, que vão do envolvimento do setor público ao comprometimento da população.

As cenas em hospitais de pessoas sendo hidratadas em pleno corredor, tal a demanda, devem ter o viés pedagógico, indicando que a guerra deve ser lutada por todos. No esporte, nas igrejas, nas escolas, o discurso deve ser único de engajamento. Nas instâncias de poder, o recado envolve diretamente os agentes públicos para a adoção permanente de projetos de combate não apenas ao mosquito mas também a outros causadores das muitas doenças que já deveriam ter sido eliminadas, mas que permanecem ou voltam por conta da leniência coletiva.

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