Na edição de domingo, a Tribuna apresentou um caderno especial apontando as vocações da Zona Norte, uma das regiões mais povoadas da cidade e com um expressivo potencial econômico, não apenas por abrigar um Distrito Industrial, mas também pela pujança do seu comércio. Projeto semelhante também foi desenvolvido na Cidade Alta com o mesmo olhar. Juiz de Fora é, de fato, uma cidade de oportunidades.
Para implementação dos muitos projetos possíveis, é necessária a integração de iniciativas, como a que foi apresentada pela Prefeitura ao lançar um programa que tem como meta promover a cidade como referência em logística nacional e internacional. O propósito é reunir o município, o Governo de Minas e o Porto Seco de Juiz de Fora para apresentação dos benefícios tributários, de logística e desburocratização às empresas que podem iniciar ou migrar seus processos de importação para a cidade.
Com cerca de 600 mil habitantes e próxima aos três principais grandes centros do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a cidade tem condições de se tornar um ponto de convergência para os investimentos. Além de todas essas condições, a cidade é uma referência em mão-de-obra, que será implementada mais ainda com a Escola Técnica a ser instalada pelo SESI Minas Gerais. Serão cerca de dois mil alunos habilitados a participar de um mercado cada vez mais competitivo.
Com profissionais qualificados, infraestrutura e políticas de incentivo, além do Porto Seco para o desembaraço de produtos, estão criadas todas as condições para o município e seu entorno ganharem uma nova configuração. Já foram feitas diversas iniciativas, como a do Governo Custódio Mattos, que fez uma série de fóruns em São Paulo para atrair empresas – o que de fato ocorreu com a Mercedes-Benz -, mas o momento é outro e as condições estão lançadas, pois, além de empresas de outras regiões, o mercado local também terá espaço para ampliar seus negócios.
Durante anos, a concorrência com outras regiões se mostrou perversa. No seu mandato, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, colocou em pauta a chamada “pasta rosa”, com incentivos de toda ordem para atrair empresas. Como já foi dito neste mesmo espaço, muitas atravessaram a divisa e se instalaram às margens da BR-040, já em território fluminense. O jogo agora é outro, pois a cidade, além de todas as condições apresentas no projeto “JF é que Importa”, se habilita em várias frentes para inibir a concorrência e para atrair projetos.
A parceria com o Estado e com entes privados é um dado real, pois são necessárias ações conjuntas para elaborar apostas de tamanha envergadura. Com ações solidárias é possível reverter uma realidade que durante anos marca a região. Daqui para frente, cria-se o espaço ideal para Juiz de Fora e seu entorno no qual também se situa um aeroporto com capacidade industrial, como o Presidente Itamar Franco. Todos ganham.