A revitalização do Expominas tornou-se uma discussão recorrente principalmente por ficar estacionada em apenas um ponto: como fazê-lo rentável? A Codemig, companhia responsável pela sua gestão, tem anunciado uma série de estudos e admite até a mudança de foco do local, a fim de garantir, pelo menos, os custos de sua manutenção. Mas não foi esse objetivo quando a ideia ganhou corpo na gestão Itamar Franco e houve o lançamento da pedra fundamental. Ele olhava para o futuro, mesmo sabendo que, para a época, o Centro de Convenções seria um projeto ousado, de retorno a longo prazo.
A pressa em otimizar o local atropelou várias etapas. O local carece, é fato, de investimentos em sua logística, como o acesso sem passar pela BR-040, mas tem a seu favor a própria instalação em Juiz de Fora, cidade com boa estrutura e bem localizada em relação às três principais capitais do país. Com um aeroporto capaz de receber aviões de vários portes, a região tem, pois, capacidade para ser um centro de negócios, como foi provado no recente Minas Láctea, o maior evento do setor de laticínios da América Latina.
Com forte apelo no setor empresarial, a Codemig tem que insistir na migração de eventos para Juiz de Fora, cujos custos, certamente, são bem mais modestos do que os realizados nos chamados grandes centros, muitos deles, aliás, saturados. Para isso, porém, tem que ampliar sua gestão em Juiz de Fora, descentralizando ações que se efetivam somente na matriz, em Belo Horizonte.
Além disso, o setor privado deve voltar seu olhar para o local, usando sua experiência na busca de soluções. Afinal, o Expominas é um espaço de interesse coletivo e que só terá seu futuro assegurado se a discussão for além dos gabinetes oficiais.