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Resgate histórico

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A revitalização da área central de Juiz de Fora tem sido um desafio para as administrações, que implementaram mudanças, é fato, muitas delas de acordo com os recursos disponíveis, mas aquém das demandas da própria população. A revitalização do Espaço Mascarenhas foi um dos principais projetos, cuja execução se deu após um incêndio e de mobilização histórica de diversos setores. No entanto, a região precisa de novas ações. A municipalidade está com projetos bem avançados na Praça Antônio Carlos, mas o prédio só agora começa a sofrer intervenções.

Por isso, é bem-vinda a licitação aberta pela Prefeitura para realizar projetos de novo espaço, que visa a abrigar vendedores de comércio popular que hoje atuam nas ruas Halfeld, Marechal Deodoro e Avenida Getúlio Vargas. Esse Centro Comercial deverá funcionar em duas áreas, que somam 3,85 mil metros quadrados, hoje ocupadas, em boa parte, pelo estacionamento do Mercado Municipal, entre a Rua Dr. Paulo de Frontin e a Avenida Getúlio Vargas.

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Na edição dessa terça-feira, a Tribuna, em matéria do repórter Renato Salles, jogou luzes no projeto cujo objetivo, de acordo com a municipalidade, objetiva dar suporte e estrutura para atividades econômicas já realizadas na região. “A Prefeitura considera ainda que a ocupação pretendida para o atual estacionamento visa valorizar as atividades e potencializar o conjunto histórico da Fábrica Bernardo Mascarenhas e, além disso, contribuir para revitalização de áreas e vazios urbanos propícios para atividades coletivas, requalificando a urbanidade do lugar”.

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As principais metrópoles do mundo caminham nesse sentido, a fim de garantir às suas áreas históricas uma ocupação permanente. Hoje, boa parte delas, tão logo termina o expediente comercial, tornam-se espaços fantasmas.

Na segunda e terceira administrações do prefeito Tarcísio Delgado, o secretário de Planejamento, João Vítor Garcia, apresentou um projeto ousado para a região, que englobava também a Praça da Estação. O estacionamento do Espaço Mascarenhas seria reservado aos ambulantes, como ocorre Belo Horizonte no Shopping Oiapoque (mais conhecido como Shopping OI), que retirou os camelôs das ruas da capital, abrigando-os num só espaço, hoje uma das referências do comércio da capital.

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Ainda pelo projeto, a Rua Paulo de Frontin seria o corredor de ligação com a Praça da Estação, cujo espaço seria ocupado por bares e restaurantes, criando um novo cenário para a região, que abriga prédios históricos da cidade, a começar pela própria Estação.

O projeto ora em questão na Prefeitura, carecendo da escolha de candidatos para sua execução, caminha na mesma trilha, o que é importante, sobretudo para incremento de uma região que já foi palco de grandes manifestações. Ademais, trata-se de um corredor de expressiva importância que não pode depender apenas do horário comercial. Mais do que isso, a sua revitalização seria um resgate histórico de uma das mais importantes áreas da cidade.

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