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A praça é nossa

editorial moderno2
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Para corrigir eventuais distorções e aperfeiçoar o projeto, faz sentido a Prefeitura fazer revisão do programa Praça Viva um ano após sua implantação em cinco espaços da cidade, mas é necessário levá-lo adiante em decorrência dos resultados. Onde há a parceria o cenário é totalmente distinto das demais praças da cidade, como atesta a própria população. As praças com padrinhos são uma positiva realidade de lazer em Juiz de Fora, ao contrário de outras, nas quais, a despeito de sua importância, os equipamentos e o próprio local estão comprometidos.

Uma das propostas da nova administração é o envolvimento da própria comunidade. Faz sentido, pois a praça é do povo e é para ele que existe, mas não basta fazer a destinação para que o projeto de parceria avance. Em muitas delas, a ação de abnegados é uma realidade, mas esses também carecem de suporte para garantir a eficácia do projeto. As associações de bairros devem ter um papel assertivo, a fim de zelar e garantir a manutenção de tais espaços, mas o Poder Público, em situações como essas, não pode se ausentar.

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As praças adotadas por empresas são um sucesso. Na edição de domingo, a Tribuna mostrou a diferença abissal entre elas e as demais, confirmando a importância de se ampliar o programa para outros grupos, a fim de garantir, sobretudo nas regiões mais carentes, que a comunidade seja plenamente beneficiada.

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O envolvimento coletivo, no entanto, não tem como meta apenas garantir o uso, mas deve ter como foco o cuidado. A mesma comunidade que usufrui de tais espaços deve zelar para que eles não fiquem comprometidos não apenas pela ação do tempo, mas também pela depredação. Seja em bairros de grande respaldo financeiro, seja em reuniões de pobreza, o espaço deve ser utilizado com a mesma eficiência.

A praça é do povo como o céu é do condor, mas, para que tal assertiva se consolide, a responsabilidade também é coletiva.

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Quando a praça é cuidada, a comunidade ganha em outras frentes, inclusive na valorização do entorno. Imóveis próximos a locais degradados são desvalorizados, enquanto o inverso é positivo.
O aperfeiçoamento do projeto é uma necessidade, até mesmo para se avaliarem contrapartidas. Quando se promoveu a privatização do serviço de telefonia, que mudou positivamente a comunicação no país, as empresas que ganharam concessão tiveram que levar no mesmo pacote regiões de baixo rendimento, para garantir que todo o país fizesse parte do projeto. Pode se avaliar o mesmo para o Praça Viva, com a adoção de praças em regiões mais críticas, desde que o concessionário também tenham algum tipo de compensação por sua participação.

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