O avanço das obras na BR-440, como a Tribuna mostra nesta edição, dá margem para uma nova rodada de discussão sobre o futuro da via. A Settra, que elabora todos os estudos de mobilidade na Cidade Alta, pretende levar o debate para as diversas instâncias – Câmara e representações populares – a fim de fechar o projeto que atenderá milhares de pessoas. O trabalho ora desenvolvido é de vital importância, pois se antecipará a futuros problemas e visa resolver os atuais, como a saída da universidade, que se tornou um gargalo, ocorrendo o mesmo com a Avenida Costa e Silva. No trabalho apresentado ao jornal, todos os pontos estão detalhados e serão expostos às partes para tirar todas as dúvidas e fazer eventuais correções.
O que ora ocorre na região pode ser o espelho para outras ações que se fazem necessárias em outros pontos da cidade. Situada entre montanhas, Juiz de Fora tem desafios urbanos que precisam ser superados, a fim de garantir a mobilidade. Num período em que todo mundo tem carro, o excesso de veículos tornou-se um desafio, exigindo acompanhamento permanente das autoridades de trânsito.
Um caso a ser pensado é o trevo da Ladeira Alexandre Leonel, que dá acesso ao Bairro Estrela Sul e recebe fluxo do Independência Shopping e do Bairro Cascatinha. Ela tem pontos cegos que, vira e mexe, são a causa de acidentes, sobretudo para quem desce a Alameda Pássaros da Polônia e tenta cruzar a Alexandre Leonel. Os estudos iniciais apontam para a necessidade de mudança, mas tal medida ainda não saiu do papel. O município, com reconhecida dificuldade financeira, admite parcerias, mas ainda não apresentou o resultado de uma pesquisa de fluxo para apontar a melhor alternativa.
Há cerca de 10 anos, quando a então Avenida Independência (hoje Itamar Franco) recebia uma série de investimentos, como um shopping center e a ampliação de um hospital, a TM já alertava para a necessidade de ações no trânsito. Como a universidade se tornou um ponto de ligação entre a Zona Sul e a Cidade Alta, a situação se agravou, bastando ver o fluxo de carros nos horários de pico. O investimento na BR-440, na outra ponta do campus, deve aliviar a demanda, mas ainda é insuficiente, sobretudo por não ser a UFJF um acesso oficial. O município, em algum momento, terá que tirar do papel o projeto que faz a ligação da Zona Sul com a Cidade Alta sem passar pela universidade.