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O desafio do Hospital Regional

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Ainda no primeiro trimestre de seu segundo mandato, o governador Romeu Zema deverá definir os rumos do Hospital Regional, cujas obras estão paradas há mais de uma década. Seus similares já obtiveram sinal verde para obras, resultado da indenização paga pela Vale do Rio Doce, decorrentes da tragédia de Brumadinho, mas o de Juiz de Fora ainda não foi anunciado. A razão seria a documentação envolvendo um processo de transação entre o Município, que cederia o terreno definitivamente, e o Estado, que ficaria com o projeto de construção. Essa operação, no entanto, já foi realizada.

Tão logo abriu conversas sobre os hospitais, o governador abriu espaço para parcerias com o setor privado, mas tal processo, pelo menos oficialmente, não avançou. Na sua última visita a Juiz de Fora, quando foi entrevistado pela Rádio Transamérica de Juiz de Fora (91,3 FM), da Rede Tribuna de Comunicação, ele assegurou que a inauguração será feita ainda na sua gestão.

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O desafio deste e de outros hospitais sob o controle do Estado é a gestão. Construir e equipar é o menor problema. A partir daí é que começam as dificuldades, pois são projetos de financiamento intensivo, fator que o Estado tem dificuldades em levar adiante. O exemplo mais próximo está no Hospital João Felício, cujo atendimento de porta também não está resolvido há pelo menos dez anos. A tentativa de repassar sua gestão administrativa para uma Organização Social tem esbarrado no próprio funcionalismo.

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A questão hospitalar precisa de uma grande e desapaixonada discussão, pois a cidade, além de ser referência na qualidade, também tem um expressivo número de hospitais. Qual seria o papel do Regional neste contexto? Por ter gestão plena do SUS, o município teria mais uma demanda para gerenciar. Essa seria a primeira questão a ser colocada à mesa. Os críticos do projeto entendem que seria melhor incrementar a rede já disponível do que criar uma nova unidade, mas o que seria feito do atual canteiro de obras?

Concebido no ciclo tucano, o Hospital Regional tinha como meta acolher não só pacientes de Juiz de Fora, mas de toda a região, uma vez que boa parte dos municípios não têm sequer uma UPA para atender seus pacientes. No período mais agudo da pandemia, Juiz de Fora recebeu um considerável número de pacientes da Zona da Mata, e até de outros estados, como o Rio de Janeiro – que quase levou ao colapso a rede municipal.

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Com uma nova bancada na Assembleia e com um Governo já com quatro anos de experiências, espera-se que a saída definitiva seja encontrada, num modelo capaz de atender à demanda crescente sem que se abra mão da qualidade dos demais postos de atendimento.

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