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O fator Lula

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As ações judiciais ainda pendentes, como as do ex-presidente Lula, ora preso em Curitiba, deixam o debate sucessório sem uma perna. Os políticos vão às ruas, participam de eventos, mas não sabem, ainda, como ficará a composição de forças. O ex-presidente lidera as pesquisas e terá papel ativo – liberado ou não – na definição do cenário eleitoral. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, mandou para o plenário do STF um novo pedido a favor do dirigente petista.

A questão a saber é se a matéria será ou não pautada antes do recesso.
Se for, a situação tende a se definir no curto prazo, mas, se os ministros jogarem a bola para depois das férias de meio de ano, a matéria só entra na pauta em agosto, exatamente o mês em que as convenções estarão em curso e a campanha, a pleno vapor. De novo, o STF se torna player numa demanda com repercussões diretas na política.

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O fator Lula tem sido emblemático até mesmo nas composições, pois nem as alianças nem todos os candidatos estão definidos. Se o ex-presidente não disputar, quem será o nome que o PT levará para os palanques? O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad tem sido o mais ativo, mas o ex-ministro Jaques Wagner corre por fora. E ainda há Ciro Gomes, que, a despeito de todo o enfrentamento que mantém com parte do PT, pode ser uma opção em caso extremo.

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Como a Copa do Mundo ocupa corações e mentes dos torcedores, a sucessão entrou em compasso de espera, mas não por muito tempo. Numa campanha eleitoral curta e sem financiamento privado, quem ganhar terreno agora tende a manter-se à frente, salvo algum dado novo capaz de mudar o jogo.

 

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