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O futuro em jogo

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Começa nesta terça-feira e vai até o dia 28, em Juiz de Fora, o 1º Fórum Próximo Futuro, cujo foco central é transformar a cidade em um polo internacional de Economia Criativa. Trata-se de um evento envolvendo discussões em várias frentes, com viés social, para a busca de projetos voltados para a própria sociedade, com impactos de longo e médio prazo. Já na fase preparatória, constatou-se que propostas existem assim como demandas que precisam ser contempladas. Os gestores devem avaliar experiências do passado e do presente e discutir coletivamente soluções para os tempos que virão, já que o mundo vive uma mutação constante, e ela deve ocorrer dentro de planejamentos.
Esse, aliás, é um desafio de todos, sobretudo num mundo digital no qual as mazelas e as soluções ocorrem em tempo real. Como bem destacou o diretor-presidente do Instituto Fábrica do Futuro e um dos coordenadores do Fórum, César Piva, “a cidade é a nossa maior invenção, pois é nela que a gente vive a essência do que é ser humano. É lugar do conflito. É lugar do consenso. É o lugar de todas as mazelas, mas também de todas as potencialidades. De fato, é onde tudo acontece”.

Esse locus serve de projeção para várias questões. Quando o país se prepara para uma eleição geral, a escolha dos candidatos deve ser um processo de ampla avaliação, a fim de buscar neles ações voltadas para o futuro e com foco onde tudo acontece. Por isso, quando prefeitos acorrem a Brasília em busca de ações para os municípios, agem cientes de que, a despeito das ações nacionais e estaduais, é nas cidades onde todos os processos são deflagrados.
O debate, pois, deve ser voltado para a cidade, por ser também na cidade que as demandas acontecem. Juiz de Fora, por ser um polo regional, tem papel assertivo nesse processo, por ter, hoje, um entorno pobre, que carece de investimentos. Daí, quando se cobram projetos para o município-polo, é necessária uma visão holística de suas consequências. E, quando se fala em desenvolvimento, se fala, necessariamente, desse novo cenário digital que já se apresenta e vai se aperfeiçoar com o avançar dos anos. Ainda este ano, a maioria das capitais já estará no status 5G, que dará celeridade aos diversos processos que fazem o dia a dia das cidades.

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Trata-se de uma questão importante, pois quando se fala em acesso é necessário repercutir preocupações dos muitos segmentos que ainda estão apartados das novas tecnologias. Essa discussão deve estar permanentemente à mesa, a fim de garantir a democratização dos meios. A pandemia foi pedagógica ao apontar as dificuldades de vários segmentos nos processos de home office e aulas pelo meio remoto. As lições tiradas desse evento precisam, necessariamente, estar à mesa não só desse fórum como dos demais que devem ocorrer.

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