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Interesse coletivo

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Na cidade comandada por uma prefeita do Partido dos Trabalhadores, o lançamento de uma empresa multinacional teve a presença do governador Romeu Zema (Novo). São adversários ideológicos e de palanque, pois estarão em trincheiras opostas no pleito de outubro, mas, nem por isso, afastaram-se do que se espera de lideranças engajadas no bem-estar coletivo. Em seus pronunciamentos, ressaltaram a parceria entre Estado e Município, por ser a forma correta de se fazer política. O Estado foi parceiro do município num projeto em que as cores partidárias não tiveram qualquer influência.

A cidade já esteve apartada de diversos empreendimentos por conta de idiossincrasias de suas lideranças, cujas atitudes só atrasaram o desenvolvimento. O evento de ontem apontou o sentido inverso. É possível estabelecer uma relação republicana mesmo sob a perspectiva de embates programáticos, especialmente no período de campanha. Zema vai defender sua reeleição, e a prefeita Margarida Salomão, certamente, vai apoiar Alexandre Kalil, inserido no projeto do PT para disputar o Estado. É do jogo e da democracia, mas nada deve impedir que, em se tratando do interesse coletivo, olhem para o mesmo objetivo.

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Como bem destacou a prefeita em seu pronunciamento, Juiz de Fora tem uma vocação de pioneirismo. “Por definição, pioneirismo significa não repetir, mas, agora, temos a possibilidade de iniciar um novo ciclo industrial. Essa é a tarefa que estamos abraçando. Ser pioneiro é inventar o futuro”, enfatizou.

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O embate, quando sai dos limites da boa convivência, costuma produzir danos irreversíveis. O evento dessa quarta-feira mostrou o contrário, o que deve ser acompanhado pelos demais atores, inseridos, ou não, na disputa eleitoral que já está em curso. A cidade e a região têm demandas importantes que só irão adiante se a participação for efetiva em todas as frentes, principalmente após a campanha eleitoral, seja qual for o resultado das urnas. O município deve implementar suas vocações e, por ser o polo de uma região com quase 2 milhões de habitantes, tem uma missão a mais, que só será cumprida se o projeto for comum quando assim o exigir. Os gabinetes tanto de Brasília quanto de Belo Horizonte costumam se abrir quando a representação que a eles recorre mostra unidade.

Políticos, empresários e lideranças comunitárias são a viva representação das cidades e o resultado de suas ações, ou inações, pode ser visto no dia a dia dessas regiões. Quando juntos, os resultados são claros e positivos. Separados, podem até ter suas propostas acolhidas, mas em condições menores e em longo prazo. A região, no entanto, tem pressa.

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