A uma semana das eleições, os próximos dias serão o tempo final para definição do quem é quem no processo municipal, pois é o momento em que são colocadas as últimas fichas nos projetos que foram apresentados ao eleitor durante os últimos 40 dias de campanha. Esta semana será de debates e pesquisas, mas a principal delas será no domingo, quando o eleitor, o principal ator de todo esse processo, irá às urnas para definir os eleitos a prefeito e vereador.
A campanha deste ano não foi diferente das demais em termos de discursos. Os candidatos, tanto ao Executivo quanto ao Legislativo, apresentaram antigas teses, sobretudo por também não haver variação de demanda. Saúde, educação e segurança são os temas dominantes, mas era possível ir adiante do que está sendo dito. A crítica não vem seguida de propostas, ou, quando estas surgem, não são factíveis por conta da situação crítica dos municípios em todos os estados da federação. Na semana que terminou, o presidente da Associação Mineira dos Municípios, Toninho Andrada, prefeito de Barbacena, advertiu que os repasses estavam atrasados, sem perspectiva de pagamento.
O que foi possível notar, porém, foi a desidratação das campanhas ante a falta de recursos. Sem o financiamento empresarial, diversos projetos foram refeitos, o que é possível perceber no dia a dia da campanha, bem diferente de anos anteriores, quando havia uma natural poluição das ruas com banners, bandeiras e outdoors. A legislação, ao bani-los, tentou igualar os projetos. Se conseguiu, só as urnas dirão.