Uma das principais vias da cidade, a Avenida Getúlio Vargas é um desafio permanente para os prefeitos de Juiz de Fora. Ao curso da história, passou por mudanças consideráveis, mas nem por isso é um espaço confortável para os usuários. Com cerca de 170 linhas de ônibus e um ativo mercado ambulante em suas calçadas, é cenário de uma perversa divisão: de um lado, as barracas; do outro, passageiros de ônibus que se acotovelam no passeio, especialmente no horário de pico, quando embarcar, principalmente, é um “salve-se” quem puder. O trânsito também é um ponto a ser destacado, pois sobra, de fato, apenas uma pista para os automóveis, embora sejam duas. Uma delas, porém, virou ponto de carros estacionados, formando um gargalo que se acentua no início da manhã e na parte da tarde.
Na edição deste domingo, a Tribuna faz um amplo diagnóstico da região e das medidas que ou estão na prancheta ou foram arquivadas no decorrer dos anos. A criação de um camelódromo, por exemplo, entrou e saiu da pauta de várias administrações. Na gestão Tarcísio Delgado, por meio do secretário João Vítor Garcia, pensou-se em transferir todos os ambulantes para um lugar único no Espaço Mascarenhas. A ideia não prosperou.
A Prefeitura anuncia medidas para descomprimir o trânsito, com a transferência de algumas linhas para a Rua Francisco Bernardino. Pode ser um caminho, mas a Getúlio, considerada uma rua histórica pelo seu casario, precisa passar por mudanças profundas capazes de revitalizar o seu uso e fazer dela uma referência para o município.