Na sua visita a Juiz de Fora, programada para a próxima sexta-feira, quando será um dos participantes do Fórum de Desenvolvimento tendo ao lado outros quatro ministros de Estado e os senadores Rodrigo Pacheco – presidente do Senado – e David Alcolumbre – presidente da Comissão de Constituição e Justiça -, o ministro dos Transportes, Renan Filho, deve receber uma série de pleitos envolvendo as rodovias federais que cortam a região. As demandas ao ministro não se esgotam na BR-040, ora em fase de discussão de uma nova licitação, nem na BR-116. A BR-267, conectando a Rio-Bahia ao Sul de Minas, passando por Juiz de Fora, também suscita atenção.
Em vários de seus trechos há problemas como falta de acostamento, sinalização adequada e duplicação de pista, sobretudo pelo papel estratégico de ser um dos escoadouros da produção da Zona da Mata e do Sul de Minas. A ligação entre Juiz de Fora e Caxambu, inaugurada em 1979, precisa de atenção, mas é na direção de Leopoldina que os problemas são mais acentuados. Boa parte dos acidentes é fruto da falta de sinalização e dos muitos buracos, que vira e mexe se apresentam, especialmente no período das chuvas.
Na área de Juiz de Fora há demandas. A União poderia investir em obras que marcam a margem esquerda do Rio Paraibuna, que funciona como parte urbana da rodovia, entre o Bairro de Lourdes e a Zona Norte, na qual começa o acesso ao Sul de Minas. O Acesso Norte e parte da Avenida JK são integrantes desse processo, e sua revitalização é uma necessidade permanente.
No momento em que se discute a importância de uma ciclovia, que, pelo projeto, passará pelo Acesso Norte, combinar os dois eventos seria um avanço para a Zona Norte, já que, além de otimizar o trecho, reduziria consideravelmente o fluxo de veículos na Avenida JK. Hoje é uma via subaproveitada a despeito de ser um corredor importante para o trânsito da região.
É fato que os demais ministros também serão demandados, daí o convite para ouvir os pleitos dos municípios, que deverão se representar em massa por seus prefeitos e vereadores. A Zona da Mata ainda carece de maior atenção das instâncias de poder, especialmente da União. É nas cidades que tudo acontece, mas a divisão de responsabilidades não corresponde, necessariamente, às cobranças feitas a prefeitas e prefeitos.
Com cerca de 600 mil habitantes, Juiz de Fora é o maior município da região e do seu entorno, mas há consenso de que os benefícios devem ser encaminhados também para os demais municípios, não só por uma questão de justiça, mas também estratégica. Quando o entorno tem uma economia pujante, ganham todos.