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TODOS POR UM

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A união dos quatro deputados federais com domicílio eleitoral em Juiz de Fora em torno do afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, é um sentimento comum também nas ruas. Mesmo assim, ele resiste e adota sistematicamente medidas protelatórias que acabam mantendo a crise política mais aguda. O que não é possível entender, e talvez os parlamentares possam ajudar a explicar, é como um único deputado, apesar de tantas evidências, se mantém num posto importante da República.

Eduardo Cunha é um político escolado, com trânsito em várias áreas, mas sua resistência ultrapassa a própria lógica, pois, a despeito do discurso contundente dos próprios pares que querem sua cabeça, ele ainda tem aliados que conseguem manter aberta a sua chance de continuar à frente da instituição. Em nome de quem ou do que eles cerram fileiras em projeto fadado ao fracasso?

A solução, talvez, seja encontrada fora do Parlamento. As representações formuladas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, são cada vez mais enfáticas, apontando para uma solução pela instância judicial, embora o deputado tenha prerrogativas especiais. Nem as férias reduzem a polêmica, embora já esteja em curso o recesso de fim de ano. Cabe à opinião pública manter o tema na agenda, pois o cenário de hoje não é apenas um contrassenso, mas um desafio às próprias ruas.

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