É fato que o ano está apenas começando, mas o cenário político, em função das questões econômicas, deixa os atores eleitorais com um pé atrás. Em outros tempos, a cidade já estaria com todos os nomes à mesa, uma vez que as disputas municipais têm um timing próprio. Hoje, porém, não há nomes oficiais, salvo a lógica busca pelo segundo mandato pelo prefeito Bruno Siqueira. Os demais se movem nos bastidores, mas sob reservas. Afinal, embora seja o sonho de consumo de qualquer político, ser prefeito – e de qualquer cidade – tornou-se um desafio. As prefeituras, como apontam dados da Confederação Nacional dos Municípios, vivem dias de incertezas, já que a maioria delas vive na dependência de repasses do Estado e da União. Como estes também estão enfrentando a queda de arrecadação, colocar em prática qualquer projeto passou a ser uma questão de difícil implementação. Basta ver o que acontece até em municípios de forte arrecadação, com exceção do Rio de Janeiro, que vive um momento único em razão dos investimentos para os Jogos Olímpicos. Os demais, inclusive São Paulo, estão de pires à mão. As eleições de outubro vão ocorrer nesse cenário, e poucos candidatos terão respostas adequadas para os eleitores, salvo as recorrentes soluções. Como a campanha ainda terá componentes novos, como menor prazo e sem financiamento de empresas, a criatividade terá que ser exercida ao extremo, mas não uma criatividade para a plateia, mas aquela capaz de apontar para um futuro melhor de modo factível.