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Momentos derradeiros

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A semana será pródiga em acontecimentos políticos e decisiva para os candidatos à Presidência da República. De acordo com dados levantados nos últimos dias, será um pleito de margem curta. De acordo com um levantamento do Pulso – com base em pesquisas feitas pelo Datafolha – e publicado no site de “O Globo”, a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) é a terceira mais acirrada desde a redemocratização, perdendo apenas para as eleições de 1989 e 2014.

A primeira eleição direta teve como finalistas os candidatos Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. O governador de Alagoas, apelidado de “Caçador de marajás”, venceu, mas não cumpriu todo o mandato, tendo sido cassado dois anos depois pelo Congresso, dando vaga para o vice, Itamar Franco. Por mera coincidência, a final de 2014, entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, vencida pela candidata que tinha o mote de “Mãe do PAC”, teve o mesmo desfecho. Ela foi cassada também pelo Congresso, e seu mandato foi concluído pelo vice, Michel Temer.

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Os recentes números dos institutos mostram um afunilamento entre os dois candidatos, o que não surpreende, tal o grau de polarização que se instalou no país. Se nos outros dois pleitos ainda havia alguma margem, agora, não. O país está dividido ao meio, consolidando um enfrentamento que começou há quatro anos, quando Bolsonaro venceu as eleições.

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A estratégia dos comitês de campanha é fazer o máximo de ações para garantir a vitória no próximo domingo. Na semana que terminou, Juiz de Fora recebeu a visita dos dois finalistas em razão de ser um dos principais polos políticos de Minas Gerais e o estado ser decisivo no resultado final. Desde a vitória de Collor até hoje, quem venceu em Minas ganhou as eleições, e é na busca de um cenário favorável no segundo maior colégio eleitoral do país que o estado é visto como rota essencial dos candidatos.

Pelo menos dois debates na televisão ainda devem ocorrer nesta etapa, mas o que mais exige atenção é o da TV Globo, na sexta-feira (28), por ocorrer na emissora de maior audiência do país – a despeito do horário – e ser na antevéspera do pleito. O desempenho de Lula e de Bolsonaro pode ser determinante para o posicionamento do eleitor que eventualmente ainda esteja indeciso.

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Tanto nos palanques quanto sob os holofotes, os candidatos não podem errar, pois qualquer falha, num mundo de redes sociais, é potencializada ao extremo. Ao eleitor, por seu turno, cabe ficar atento, pois nem tudo o que circula no mundo digital é real. Mesmo com ações rigorosas do Tribunal Superior Eleitoral, ainda há um excessivo número de fake news em circulação.

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