Ícone do site Tribuna de Minas

CUSTO DA IMPREVISÃO

PUBLICIDADE

A conjuntura econômica não permite adivinhações, mas é preciso avaliar, ainda nos processos de licitação, algum tipo de garantia para evitar que empresas vencedoras de concorrências abandonem os projetos no meio do caminho ou quebrem pela falta de previsibilidade. Muitas entram no jogo apostando nos repasses sistemáticos dos órgãos financiadores sem lastro próprio que garanta o serviço até a sua conclusão. Diversas obras, sob patrocínio da União, do Estado e Município, são interrompidas, deixando esqueletos por todos os lados sem que os responsáveis respondam por isso.

Em Juiz de Fora, foram interrompidas obras estratégicas, como o Hospital Regional, a ligação entre a BR-040 e a MG-353 – para facilitar o acesso ao Aeroporto Regional -, a conclusão da BR-440, na Cidade Alta, e outras voltadas para o lazer, como o Teatro Paschoal Carlos Magno e o Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos. Algumas serão feitas, como anunciou na semana passada o governador Fernando Pimentel, e outras devem ser retomadas, como o ginásio, na visita marcada para o dia 1º de agosto do ministro do Esporte, George Hilton.

Como até mesmo a retomada dos projetos não é garantia de sua conclusão, é fundamental considerar que algo está errado, pois as autoridades anunciam e iniciam as obras, mas não respondem por paralisações. A consequência é vista não apenas na cidade mas pelo país afora, gerando custos adicionais que acabam superando os valores iniciais. Quando o jogo político induz a anúncios sem garantias, quem paga o preço é a própria população não apenas pelos sonhos frustrados mas também pelos incômodos de obras paradas, que se tornam verdadeiros elefantes brancos.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile