O viaduto Itamar Franco, inaugurado na primeira gestão Custódio Mattos, mudou a mobilidade urbana da cidade, pois desafogou a Rua Espírito Santo, antes principal escoadouro do trânsito para a região Sudeste, e ainda facilitou o acesso à Avenida Brasil. Em princípio, acreditava-se que não haveria comprometimento de uma das mãos da avenida, que acabou seccionada por uma das alças da obra. A aposta era jogá-la já do outro lado do rio. Mas foi uma opção.
Agora, o prefeito Antônio Almas assina ordem de serviço para a alça, que irá facilitar o acesso à Avenida Francisco Bernardino e à Praça da Estação. Os veículos não precisarão contornar a Praça Antônio Carlos, tendo acesso direto pela Rua Ângelo Falci, um prolongamento da Rua da Bahia.
A mobilidade é um dos principais desafios das metrópoles, por exigir investimentos permanentes diante da demanda crescente de automóveis. O ideal seria a opção prioritária pelo transporte coletivo, mas há o componente cultural que precisa ser atacado. O brasileiro, sobretudo com financiamentos de longo prazo, opta pelo carro próprio em vez dos ônibus. O argumento é a qualidade de serviço. Tem problemas, é certo, mas Juiz de Fora está muito à frente de outras regiões nas quais, de fato, o transporte urbano é caótico.
A obra em questão deve ser a primeira de uma nova etapa de intervenções para desafogar o trânsito na área central. O secretário de Obras, Amaury Coury, confirmou a mudança do projeto da Benjamin Constant, que, em vez de trincheira, será um viaduto, e ações também na Avenida dos Andradas.
Mas o ponto em destaque da solenidade ficou com o prefeito Antônio Almas ao enfatizar que as obras não são desse ou daquele governo. São obras de Estado, destacando que os vários prefeitos que investiram nos projetos têm sua cota. Ele tem razão, é preciso quebrar o conceito de as placas contemplarem o nome apenas do último executor esquecendo que outros deram o primeiro passo.