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Ação integrada

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, ao admitir ser “plausível” que organizações criminosas migrem para outros estados com a intervenção federal no Rio de Janeiro, colocou o dedo num ponto importante da discussão que já está em curso: e como ficarão os demais entes federados; também receberão recursos da União para proteger as suas divisas? Os secretários de Segurança de regiões limítrofes com o Rio de Janeiro, como o de Minas Gerais, tiveram uma longa conversa com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, apresentando exatamente essa preocupação. Na segunda-feira, em entrevista à Rádio CBN, o governador Fernando Pimentel disse que serão feitos todos os esforços para garantir aos mineiros que esses visitantes indesejados sejam rechaçados, mas destacou que precisa de apoio da União.

O titular da Segurança Pública de Minas, Sérgio Menezes, propôs o reforço da integração entre as inteligências de Minas, São Paulo, Rio e Espírito Santo, com troca de informações de forma contínua e com acesso a possíveis alertas e movimentos identificados na ação do Rio. Sugeriu, ainda, a reativação de um comitê bem-sucedido que operou durante os Jogos Olímpicos de 2016, que integrou todas as forças para uma atuação contínua, inclusive na tomada de decisões estratégicas de forma integrada e inteligente.

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Esse é o ponto principal de toda a discussão. Não é de hoje que se fala em diálogo permanente entre as forças de segurança, mas que só funciona com eficiência durante eventos de grande monta a despeito de sua importância. O Plano Nacional de Segurança deveria trabalhar com banco de dados atualizados e políticas de informação efetiva, a fim de facilitar o trabalho das polícias e dos demais órgãos que participam no combate ao crime. A experiência do Rio tem que dar certo, mas não ao custo de migrar as mazelas para outras regiões. Minas, como têm dito suas autoridades, está pronta para reagir, mas o enfrentamento com ações preventivas, principalmente, não deve se esgotar nessas operações.

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