Ícone do site Tribuna de Minas

Dia de plenário

PUBLICIDADE

O plenário da Câmara deve votar hoje o projeto da reforma política, mas, a despeito de todas as articulações, ainda é incerto que proposta estará na pauta: o distritão puro, que ganhou a antipatia da opinião pública, ou o distritão misto, uma fórmula que os políticos encontraram para fazer mais do mesmo. O fundo partidário também deverá ser desidratado ante a constatação do absurdo que seria injetar R$ 3,6 bilhões na campanha eleitoral num momento de dificuldades de caixa em todas as instâncias.

Deve cair para R$ 2 bi, o que já é muito se levado em conta que os partidos já têm o fundo partidário que ficou fora da conversa.
Todos os partidos, de acordo com o tamanho de suas bancadas, são contemplados anualmente com recursos para movimentarem sua máquina administrativa. Em momento algum se mostraram dispostos a destinar parte desse dinheiro para as suas campanhas, sob o surrado argumento de que uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Em suma, no caixa partidário ninguém mexe. Nesse aspecto, há consenso entre eles, pois ninguém está disposto a abrir mão de tal recurso.

PUBLICIDADE

Seja lá qual for a proposta aprovada, ela será apenas um arremedo ou uma preparação para mudanças após as eleições de 2018. Os parlamentares reconhecem que deixaram – como sempre – tudo para trás, não havendo mais tempo para um projeto profundo, capaz de contemplar as expectativas do eleitor. Será mesmo um remendo sob a promessa de mudanças já em 2020 e até mesmo uma nova experiência parlamentarista em 2022. Mas são meras especulações, pois em Brasília as coisas mudam de hora em hora, não havendo garantias para nenhuma agenda.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile