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Hora de rever conceitos

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O período eleitoral, além da formatação dos governos e dos legislativos, também tem o viés pedagógico de mostrar aos partidos que o tempo está passando para algumas legendas e que é preciso rever seus conceitos se quiserem se manter no cenário político na condição de players, em vez de meros coadjuvantes que só se destacam em tempos de votações. A própria performance de alguns nomes é emblemática, apontando que a renovação do discurso é fundamental, sobretudo para uma sociedade que exige mudanças rápidas, distante da velha lenga-lenga que se apresentava de quatro em quatro anos.

É fato que o mundo digital ainda é distante de boa parte da população brasileira, especialmente das regiões mais carentes do Norte e do Nordeste, mas a velocidade das redes sociais não combina com práticas ultrapassadas que se explicitam nos discursos de campanha. O eleitor medianamente esclarecido percebe esse descompasso e se manifesta, agora, nas pesquisas e, certamente, fará o mesmo nas urnas de outubro.

O país que surgirá das urnas ainda é uma incógnita, mas já é possível perceber que alguns atores, pelo modo como se envolvem no debate, estão em pleno ocaso. Mas não há surpresa. Os legislativos têm apresentado uma renovação em torno de 10% a 15%, mas até estes devem passar por uma renovação maior quando a campanha for equilibrada no tempo de exposição dos candidatos e, especialmente, na distribuição de verbas. A Tribuna mostrou na edição de quarta-feira (19) a diferença de repasses para as candidaturas, em que os detentores de mandato, ou os que já tiveram uma representação, são privilegiados. Se o jogo se equilibrar, o rodízio será maior.

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O Congresso já teve oportunidade de fazer isso, mas a reforma política recentemente aprovada foi um arremedo, sendo mais uma mudança eleitoral, em que velhas regras só passaram por uma camuflagem. O financiamento de campanha ainda não é uma demanda pacífica, e o modelo adotado este ano mostrou-se injusto.

 

 

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