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Pacto por segurança

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A mobilização da comunidade e dos empresários na cobrança por mais segurança é reveladora: a cidade não suporta mais o crescimento da violência no Centro e em bairros, numa escalada de medo que não poupa ninguém. Nas ruas ou nos espaços próprios, o risco se acentua como mostram os números policiais. Além dos crimes contra o patrimônio, que se avolumam, sobretudo quando se trata de celulares, o efeito colateral dos enfrentamentos de gangues é perverso. No ano passado, um cidadão foi morto na Uaps do Bairro Santa Rita por estar no lugar errado na hora errada. Há cerca de um mês, uma comerciante foi morta nas mesmas circunstâncias, simplesmente por estar na linha de tiro.

Nesse enredo, há vários componentes. Os roubos a celular se acentuam por conta das drogas e também pelo uso daquele em locais impróprios por adolescentes – as vítimas recorrentes, que ficam com aparelhos expostos em qualquer lugar, segundo a polícia. Mas a violência, além de endêmica, tem várias frentes. Os confrontos de gangues são um dos principais desafios, pois não estão restritos ao seu território, espalhando-se por vários pontos da cidade, colocando a população em risco. E aí entra outro componente. Os autores são figuras manjadas no cenário policial, tendo sido tirados das ruas por mais de uma vez, mas que para elas voltam em função de muitos fatores na instância judicial – provas frágeis, excesso de prazo, cadeias lotadas, entre outros.

Além disso, o número de policiais, civis e militares é aquém da necessidade de Juiz de Fora. Nos últimos anos, o efetivo das duas forças passa por uma explícita desidratação, de pessoal e de equipamentos, sem que haja uma reação. A cidade, embora tenha elegido cinco deputados estaduais, quase não ouve a sua voz, mesmo sendo alguns deles da base do Governo.

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